Silicone para elas, transplante para eles: a cirurgia capilar se consolida como a ‘plástica do homem’
Nos últimos anos, o transplante capilar deixou de ser um procedimento raro ou cercado de tabus para se tornar a principal cirurgia estética entre os homens. A comparação com o implante de silicone – há décadas associado à vaidade feminina – já é comum entre especialistas e pacientes. Enquanto elas recorrem à mamoplastia como símbolo de autoestima, eles encontram no transplante capilar uma forma de recuperar não só os fios, mas também a confiança e a imagem pessoal.
De acordo com a International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), houve um aumento de 68% na procura por transplantes capilares entre os homens nos últimos dez anos. No Brasil, país que já figura entre os líderes mundiais em procedimentos estéticos, a tendência segue em alta. Homens de diferentes faixas etárias, profissões e perfis têm buscado a técnica, especialmente a FUE (Follicular Unit Extraction), que não deixa cicatrizes visíveis e permite resultados cada vez mais naturais.

“A queda de cabelo costuma afetar diretamente a forma como o homem se vê e se apresenta ao mundo. Muitas vezes, o impacto emocional é subestimado, mas ele existe – e é profundo”, explica a médica tricologista Dra. Carol Carletti, especialista em transplante capilar e fundadora da clínica Essence Transplante, em São Paulo, dedicada ao tratamento da calvície.
Ainda segundo a ISHRS, 85% dos homens relatam melhora significativa na autoestima após o procedimento, e mais da metade afirma que passou a se sentir mais jovem e mais confiante no ambiente de trabalho e nas relações pessoais.
A mudança de mentalidade também passa pela maior aceitação social. “Hoje, um executivo de 50 anos ou um jovem de 30 pode procurar o transplante sem receio de julgamento. O assunto saiu do campo do tabu e ganhou status de autocuidado masculino”, afirma Dra. Carol.

Outro fator que impulsiona o setor é o avanço da técnica chamada Long Hair FUE, que permite ao paciente realizar o transplante sem raspar os cabelos, tornando o pós-operatório ainda mais discreto. Além disso, o procedimento é cada vez mais personalizado, com diagnósticos clínicos precisos e planos de tratamento ajustados a cada perfil de paciente.
Com mais informação e acesso, o transplante capilar ocupa hoje um espaço que, por muito tempo, foi quase exclusivamente feminino no universo estético. A “plástica do homem” não é mais apenas uma metáfora – é uma realidade consolidada, movida pela busca de bem-estar, vaidade sem culpa e autoestima em alta.

A Dra. Carol Carletti decidiu se especializar em transplante capilar depois de viver, na pele (ou no couro cabeludo), uma falha discreta na linha frontal. O resultado foi tão transformador que virou um divisor de águas em sua carreira. Hoje, é referência na área, atendendo pacientes de diversas regiões do Brasil — e também de fora — em sua clínica em São Paulo.
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