Filhos ansiosos, como ajudar?

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

A ansiedade infantil pode apresentar sintomas emocionais, físicos, comportamentais e relacionados ao pensamento

A ansiedade corresponde a um sentimento de tensão, medo e preocupação inerentes ao ser humano e, até certo ponto, considerada normal. A partir do momento em que esse sentimento passa a ser excessivo, a ansiedade pode se tornar uma doença psicológica, comumente conhecida como um transtorno de ansiedade. Quando o medo e a preocupação se tornam constantes, esse sentimento passa a ser algo perturbador e chega a limitar a pessoa, atrapalhando até mesmo as suas atividades cotidianas.

A ansiedade infantil pode apresentar sintomas emocionais, físicos, comportamentais e relacionados ao pensamento. Tristeza, medo, culpa, preocupação e alterações de humor são alguns dos principais sintomas emocionais que podem ser apresentados na criança e no adolescente.

Como sintomas comportamentais, temos as crises de choro, falta de concentração, isolamento e desânimo em realizar as atividades que antes eram corriqueiras. A agitação, dores no corpo, músculos tensos, tonturas e insônia, são alguns sinais físicos que a ansiedade pode apresentar. O pessimismo, a falta de confiança, a baixa autoestima e a autocrítica se caracterizam como sintomas relacionados ao pensamento.

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Como ajudar seu filho a lidar com a crise de ansiedade

Durante uma crise é importante que a criança/ adolescente saiba como contornar a situação para que não piore. Para isso, existem algumas técnicas que ajudam:

1 – Respirar fundo

Em momentos de crise, é provável que haja hiperventilação. É importante contornar esse sintoma, respirando profundamente. A respiração feita dessa maneira aumentará a oxigenação do cérebro e reduzirá o estresse. Esse procedimento deve ser feito até que seu filho esteja mais tranquilo.

2 – Fechar os olhos

Além de auxiliar no processo de respiração, os olhos fechados ajudam na concentração e no bloqueio de estímulos externos.

3 – Relaxar os músculos

Durante uma crise, os músculos tendem a ficar tensos. Por isso, deve-se tentar relaxar cada grupo muscular por vez.

4 – Praticar o “pare e substitua”

Essa técnica consiste na troca de pensamentos negativos, que estimulam o estresse e o medo, por pensamentos positivos, que trazem alegria e paz. Ou seja, ao invés de pensar no que pode dar errado, mudar o foco e pensar no que pode dar certo.

5 – Reconhecer o problema

Ajudar a criança/adolescente a reconhecer que está em crise e analisar o medo que isso causa são importantes fatores de ajuda nesses momentos. Pergunte: esse medo é real? Qual o motivo para estar com esse sentimento? Outra dica é tentar eliminar possibilidades, cortando da mente o “e se”.

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6- Praticar atividades físicas

A prática de atividades físicas é um importante agente na prevenção de crises. Exercícios físicos liberam endorfina, hormônio que proporciona bem-estar, tranquilidade e felicidade.

7 – Concentrar em algo que proporcione prazer

Atividades que distraem a mente ajudam a esquecer os problemas e medos. Ter hobbies, fazer artesanato, pintura, aula de música, dança, ir ao cinema. Vale tudo para ocupar a cabeça com coisas que trazem alegria e tiram o foco do que pode causar crises.

8 – Procurar ajuda médica e psicológica

Por último, mas não menos importante. A ansiedade, dependendo do seu grau, é um problema de saúde e que pode evoluir para patologias como depressão e pânico. O auxílio profissional atua como controle desse transtorno. Em alguns casos, inclusive, é indicado o uso de medicamentos. Em outros somente a Terapia Comportamental e Cognitiva que é de excelente ajuda. O profissional analisará a melhor forma de tratamento e fará o acompanhamento do caso.

Diante disso, estar atento às ações do seu filho ou filha tem papel indispensável para identificar o transtorno e buscar a melhor solução para que o problema não se desenvolva para situações mais graves.

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Envie-as para o e-mail: crescendoeacontecendo@gmail.com

Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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@cynthia_wood_passianotto e @crescendoeacontecendo

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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