Pequenas mudanças de hábitos para fazer as pazes com o espelho

Dolce Selfcare

Cecília Trigueiros 

O hábito é uma forma de agir que está tão internalizada, que passa a ser uma atitude espontânea

Imagem por Tyler Sherrington em Pexels

Quando acordamos, pegamos o celular e fazemos uma checagem geral nas mensagens, redes sociais e e-mail para somente depois o dia ter início.

Assim como o celular, estamos acostumados à uma sequência de comportamentos repetidos sem percebermos. O hábito é uma forma de agir que está tão internalizada, que passa a ser uma atitude espontânea. Ações diárias, como arrumar a cama, escovar os dentes e tomar banho podem ser consideradas um hábito.

Ou seja, o cérebro está no automático e não precisa gastar energia com padrões e comportamentos pré-estabelecidos, permanecendo descansado para tomar decisões mais importantes.

Ótimo! Pobres neurônios, dendritos e axônios que teriam que pensar em absolutamente tudo, como andar, falar, coçar a cabeça, piscar e por aí vai.

Mas e quando queremos mudar algo em nós mesmos?

Um bom exemplo é o da compulsão por comida: nos afastando dos gatilhos mentais e, consequentemente, nos desviando das provações, é viável dissuadir o costume.

Portanto, certas manias devem ser evitadas, tais como: jantar fora, colocar vários pratos na sua frente durante as refeições, ir direto no corredor de guloseimas do supermercado, etc. E quando a massa cinzenta espernear por iguarias, é possível mudar o hábito de comer excessivamente, alternando por outro, como por exemplo, beber água, ler um livro ou caminhar para distrair a cuca.

A metamorfose da autodesvalorização para uma autoestima elevada não difere em nada do modelo acima. Isto é, fugir de tudo aquilo que coloca a pessoa para baixo e criar uma rotina atualizada a partir de novos estímulos.

Imagem por Ziga Plahutar em Canva Fotos

Vamos embarcar na sua versão de sucesso?

O principal obstáculo que enfrentamos quando tentamos nos transformar é o ambiente rotineiro ao qual estamos habituados. As pessoas estão constantemente sendo reforçadas pela mesma autoimagem e aparência, além de frequentarem o mesmo lugar todos os dias.

Então como esperar alguma mudança, se estamos constantemente sendo revalidados pelas mesmas coisas?

É aí que entra o gatilho mental, bonita que foge do espelho!

O estímulo poderá vir a partir de uma pequena modificação feita no seu ambiente, ou talvez simplesmente passando um batom vermelho, ou poderá ser tão banal quanto valer-se de um novo perfume que acionará o olfato para um aroma diferente, ativando um gatilho sensorial.

O importante é manter uma visualização criativa e inovada de você mesma. Ao imaginar a própria beleza, a mente é condicionada a abraçar uma imagem mais positiva, refletindo-a na autoestima e fortalecendo a conexão com a própria identidade e formosura.

Ocorre que é preciso inserir novas variáveis para “ligar” o cérebro com a finalidade de pensar de maneira diversa. Se nada mudar, você não muda, é simples assim.

Pense comigo: como nos sentirmos diferentes vestindo as mesmas roupas todos os dias, despreocupados com os cabelos, deixando as cutículas em estado de miséria, desinteressados do skincare porque dá preguiça e acreditando que a nossa maquiagem é uma inutilidade com a validade expirada em 1900 e bolinha?

Imagem por kupicoo em Canva Fotos

Enquanto houver o reforço contínuo das mesmas práticas e comportamentos, será impossível modificar como nos enxergamos e o espelho seguirá como o inimigo silencioso que de tempos em tempos vai nos obrigar a “ver” algumas verdades.

Antes de mais nada, é preciso saber que disciplina e força de vontade são fundamentais, mas o que é fácil nessa vida? Hum…estou fervendo o Tico e o Teco e ainda não descobri…

A aplicação consciente de mudanças pode tornar-se um exercício de mindfulness que permite o foco no presente. Esses momentos de atenção plena em nós mesmos contribuem para uma sensação de autocuidado e amor-próprio. E eu vou logo adiantando que não há experiência mais gratificante do que estar de bem com você!

Mas eu notei que algumas Cinderelas ainda se veem como Gatas Borralheiras e não se convenceram que podem despertar a beleza hibernada…

Pois então preparem-se para um desafio: levantem-se da cadeira, vão até o banheiro, lavem o rosto com água fria, sequem delicadamente com uma toalha, apliquem um hidratante facial, protetor solar e penteiem o cabelo. Troquem a camiseta confort por uma de alcinhas e com cor vibrante. Removam as teias de aranha das maquiagens, apliquem um pouco de blush na parte alta das maçãs do rosto, uma camada de máscara nos cílios e batom nos lábios. Retornem ao banheiro e mirem-se no espelho.

Como vocês se sentem?

Imagem por Douce Fleur's Images em Canva Fotos

Cecília Trigueiros é formada em Marketing e maquiadora profissional e especialista em autocuidado e beleza. 

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Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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