Ativismo digital é a nova face da mobilização social

O advogado e ativista digital Nilton Serson explica a importância dessa nova fase da mobilização social, por meio dos canais digitais e seus impactos

Design Dolce sob imagem por Sasin Paraksa em Canva

Na era digital, as redes sociais e plataformas online se tornaram campos de batalha para aqueles que buscam promover mudanças sociais. O ativismo digital, uma forma de engajamento que aproveita a conectividade global da internet, está se revelando como uma ferramenta poderosa para complementar as ações tradicionais de protesto e manifestação.

Com o poder das redes sociais, indivíduos de todo o mundo podem compartilhar informações, mobilizar apoio e criar consciência sobre questões importantes com apenas um clique. O ativismo digital complementa o ativismo presencial, ampliando seu alcance e impacto.

Recentemente, uma campanha online para conscientização sobre a desigualdade educacional ganhou destaque. Utilizando hashtags e vídeos virais, ativistas conseguiram chamar a atenção para a necessidade de reformas no sistema educacional. A campanha gerou uma onda de apoio público e levou a políticas públicas que visam melhorar a qualidade da educação em várias regiões”, explica o ativista e Dr. Nilton Serson.

Design Dolce sob imagem de Doucefleur's Images em Canva

Outro exemplo é o uso de plataformas de financiamento coletivo para reunir recursos para iniciativas sociais. Essas iniciativas vão desde a construção de escolas em áreas desfavorecidas até a distribuição de alimentos para famílias em condições precárias.

Serson salienta: “O ativismo digital não é apenas sobre compartilhar conteúdo; é sobre criar uma comunidade global unida por um propósito comum. Ele permite que vozes que antes eram silenciadas sejam ouvidas e que mudanças significativas sejam feitas”.

O ativismo digital enfrenta uma série de desafios complexos. Alguns deles incluem a polarização e a falta de diálogo construtivo nas redes sociais, a disseminação de desinformação e fake news, o engajamento superficial que nem sempre se traduz em ações concretas, preocupações com segurança e privacidade online, a influência dos algoritmos das plataformas e a ausência de regulamentação clara para o uso dessas ferramentas em causas sociais.

Design Dolce sob imagem de Pixelfit em Canva

Dr. Nilton Serson explica um pouco como combater a desinformação no ativismo digital, é essencial adotar uma abordagem multifacetada: “Verificação de fontes: antes de compartilhar informações, é importante verificar a origem e a veracidade das fontes; educação mediática: promover a alfabetização digital e a educação midiática pode ajudar as pessoas a discernirem entre informações confiáveis e desinformação; cautela com o compartilhamento: uma pausa para pensar antes de compartilhar conteúdo pode ajudar a romper a corrente de desinformação; plataformas moderadoras: as plataformas digitais podem atuar como moderadoras do fluxo de informações, retirando conteúdo falso e restringindo o acesso de usuários; regulação estatal: a implementação de regulamentações adequadas e eficientes pelo Estado pode ajudar a lidar com os impactos da desinformação”

O ativismo digital está transformando a sociedade ao permitir que as pessoas se conectem, compartilhem ideias e trabalhem juntas para criar um mundo melhor. É uma ferramenta poderosa que, quando usada com responsabilidade e compromisso, pode levar a um futuro mais justo e equitativo para todos. Essas estratégias podem contribuir para uma sociedade mais informada e menos suscetível à desinformação.

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