Pedagoga e conselheira, Maria Luiza Wiederkehr publica autorretrato literário como um apelo à libertação e valorização do ser e sentir sem amarras
Quantos rótulos uma mulher pode ter em uma sociedade que impõe e espera tanto dela? Boa mãe ou negligente, espírito livre ou ‘encalhada’, comportada ou barraqueira, empática ou interesseira, Santa ou Put*? Em meio a esta dualidade que permeia a existência feminina, a escritora e pedagoga Maria Luiza Wiederkehr incentiva as mulheres a serem e agirem sem amarras e repensarem o feminino como algo essencial para a própria autenticidade.
Em forma de autorretrato, o lançamento propõe o despertar do amor-próprio, mas também reflexão sobre as pré-concepções despejadas diariamente sobre elas, enquanto tentam se encaixar e conquistar espaços na sociedade ainda patriarcal. Por isso, a autora impacta já no título, com o uso das figuras de imagem da “Santa” e da “Puta”, como metáforas para discutir o julgamento que acompanha a liberdade sexual feminina. O enredo é estruturado em três capítulos que misturam relatos pessoais e poesia, a partir de uma visão íntima e diversificada da experiência feminina. Acompanha a trajetória de uma mulher dividida entre os papéis de mãe, filha, esposa, amiga e profissional em confronto com as próprias inseguranças. Ela decide, então, viajar sozinha e se libertar das imposições, abraçar vontades e prazeres sem ligar para opiniões, cobranças ou estereótipos de gênero.
Queria me preservar, preencher meu ser de tranquilidade para que pudesse me transformar. Despir-me de uma história, de um romance regado a ciúme, filhos e brigas. O que eu queria com a viagem? Era me despir para mim mesma! A viagem era para me conhecer como mulher. Era o meu ser mulher procurando conhecer, principalmente, meus medos e meu poder. (Santa ou Puta?, pág. 36)
A escrita intimista, leve e bem-humorada se conecta com as ilustrações da autora, feitas à mão como forma de expressão e desafogo. Assim como o quarto e último capítulo, que confere mais leveza à leitura ao celebrar a arte de cozinhar com amor, por meio de receitas familiares como pães, quindins, feijoada alemã e pratos especiais como o “Risoto da Sabedoria” para comer a dois, acompanhados pela “Caipirinha Brasileira” e a letra de um samba autoral.
Os homens também são convidados a incluírem a sensibilidade e autonomia feminina em suas vidas, e se sentirem livres para chorar mais, sorrir mais e expressar sentimentos. A proposta de Maria Luiza Wiederkehr é que, independentemente do gênero, as pessoas se livrem dos preconceitos, desafiem os papéis tradicionais e abracem uma versão autêntica de si, em contato com a feminilidade.
Santa ou Puta?
Subtítulo: Vênus de mim, um autorretrato
Autora: Maria Luiza Wiederkehr
ASIN: B0D7SWLSRM
Páginas: 90
Preço: R$ 60
Onde comprar: Amazon (livro físico e e-book)
Maria Luiza Wiederkehr é pedagoga, professora e conselheira de carreira e vida. Especialista em Desenvolvimento, Educação e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná, é também pós-graduada em Marketing. O amor pelas artes a permitiu explorar seu lado mais criativo, como compositora de músicas infantis, ilustradora, desenhista em lápis de cor e escritora. Santa ou Puta? – Vênus de mim, um autorretrato é seu livro de estreia, sobre liberdade e coragem feminina. Morou e trabalhou na Amazônia, atuando em comunidades ribeirinhas.
Instagram: @marialuizawescritora
Facebook: /marialuiza.wiederkehr
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