Desde que me tornei mãe, a minha vida se transformou de maneiras que eu nunca imaginei. Ao longo desses 13 anos, passei por diversas fases, e, com o tempo, voltei a me conectar com a minha essência, com a Gisele que sempre fui, mas que, em algum momento, me perdi de vista.

Quando o Rafael nasceu, eu estava há três anos casada. Naquele momento, meu então marido, não estava trabalhando, e, após a licença maternidade, eu me vi diante de uma escolha difícil: voltar ao trabalho ou ficar perto dele. Meu coração me guiou, e eu decidi pedir demissão. Para muitos, essa foi uma decisão irresponsável, mas meu instinto materno falou mais alto. Não há certo ou errado quando se trata do que é melhor para cada um de nós; o que é certo para mim pode não ser para outra pessoa. Eu fui muito julgada por essa atitude, mas eu só fiz o que meu coração mandava.

Após dois anos, retornei ao mercado de trabalho. Encontrei um emprego próximo de casa para conseguir pegar o Rafael na escola, mas ainda assim não me sentia realizada. Foi então que decidi dar um irmão a ele. Em pouco tempo, a Sara chegou e, com ela, um novo mundo de desafios.