Nossa viagem a história da arte continua!
Parada maravilhosa em: Roma a Cidade Eterna!
Assim como Roma não foi construída em um dia, afinal as coisas grandiosas não são fáceis nem rápidas de fazer, requerem tempo, espaço e esforços, escrever sobre a arte Romana requer esta atenção e milhares de páginas.
Desta forma te convido a leitura de um teor condensado em destaque em com foco na antiga Arte Romana.
Vamos!?
ARTE ROMANA
A arte romana foi produzida durante o período do Império Romano, nos séculos VIII a. C ao IV d. C, e tornou um exemplo de desenvolvimento artístico para o ocidente. Ela abrange um amplo conjunto de obras artísticas principalmente na arquitetura, pintura, escultura, filosofia e literatura.
Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos artísticos e culturais da Grécia Antiga.
Os Etruscos representam uma das civilizações da antiguidade que habitaram a península itálica a partir do século IX a.C., antes dos Romanos. Eles desenvolveram uma cultura original, e, para a época estavam bem evoluídos em relação a sua arte (artesanato, arquitetura, escultura) e engenharia.
Ainda que os etruscos sejam pouco conhecidos, em relação aos romanos e gregos, eles foram uma das civilizações mais poderosas da antiguidade e que apresentam uma notória herança histórica, artística e cultural.
ARQUITETURA
Os romanos preocupavam-se intensamente com aspectos voltados para a utilidade, a funcionalidade e a praticidade de suas obras artísticas.
A arte romana se destacou no período que foi do século VIII a.C. ao século IV d.C.
No auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores.
A arquitetura foi a maior de todas as expressões artísticas dos romanos. Nela, a característica que mais se destaca é o uso dos arcos e abóbodas na construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos.
Embora contassem com características etruscas e gregas, a arquitetura romana inovou no uso do material, como o concreto, com a criação de abóbodas semicilíndricas e arcos sem sustentação, além de prezar muito pelo tamanho e pela funcionalidade de suas construções.
O uso do concreto, inclusive, também tinha um caráter funcional, uma vez que é um material econômico e bastante resistente, o que permitia construções em grande escala, necessárias para ajudar no desenvolvimento das regiões conquistadas. Frequentemente, o concreto era revestido com algum outro material, como mármore, a fim de dar à construção uma aparência mais refinada.
Duas das principais construções romanas ainda sobreviventes são o Panteão (113-125 d.C.), sendo um templo dedicado a todos os deuses romanos, e o Coliseu (68-79 d.C.), um anfiteatro oval na época com capacidade para abrigar de 50 a 80 mil espectadores. Ambos possuem clara influência grega, como o uso de colunas.
Os romanos se apropriaram dos ensinamentos que haviam recebido e os modificaram – em alguns pontos até aprimoraram.
Por exemplo, eles acrescentaram aos estilos herdados – dórico, jônico e coríntio – duas novas formas de construção na arquitetura romana: a toscana e a composta.
PINTURAS
A arte romana recebeu influência da arte etrusca, que era popular e retratava a realidade, e da grega, que dava uma grande importância beleza. Como tinham grande admiração pela arte grega, os romanos basearam toda a sua criação nas fontes gregas.
Muitos de seus artistas eram de origem grega e apesar de copiarem muitas coisas, tinham uma temática diferente, aproximavam-se mais da realidade e davam muito valor ao traço fisionômico das pessoas.
Os artistas romanos acentuavam o realismo de seus trabalhos pintando convincentes ilusões de profundidade, sombreamento e luz refletida. Criar a ilusão de profundidade é chamado desenhar em perspectiva. Os romanos foram dos primeiros a desenvolver essa importante técnica.
A pintura mural está bem documentada, sobretudo em Pompéia e nas demais cidades soterradas no ano 79 d.C. pela lavas do vulcão Vesúvio. Distinguem-se quatro etapas denominadas estilos pompeianos. O primeiro estilo (120 a 80 a.C.) baseia-se na decoração grega de interiores e às vezes é chamado de estilo de incrustação, pois suas pinturas sobre o gesso foram utilizadas para imitar o aspecto dos muros de mármore polidos.
Alguns dos melhores exemplos de pintura romana foram encontrados nas ruínas de Pompéia. A casa de dois irmãos chamados Vettius contém afrescos pintados meticulosamente, que retratam histórias acerca de Íxion, herói míticos. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas.
A técnica de pintura que eles usavam era a do afresco. A técnica do afresco consiste na aplicação da tinta sobre o gesso ainda molhado, o que ajuda a fixar a pintura. Com o tempo, a exposição da luz e ao ar, os pigmentos tendem a desaparecer, o que não ocorreu em Pompeia justamente pelo evento da erupção.
Na pintura romana surgiram quatro estilos tais com: estilo de incrustação, estilo arquitectónico, estilo ornamental e estilo cenográfico
Estilo Incrustação
No estilo de incrustação nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento – esteve em evidência do século II a.C.até o ano 80 d.C. e é em essência abstracta. Suas origens são obscuras, mas parece ter derivado da pintura empregada na decoração de templos e altares gregos, sendo adaptado para a decoração de residências em toda volta do Mediterrâneo na altura do fim do século IV a.C. Com o passar do tempo se acrescentaram frisos decorados com padrões florais, arabescose figuras humanas, e outros elementos de arquitectura como colunas e cornijas simuladas.
Estilo Arquitectónico
O estilo arquitectónico floresceu com relativa rapidez a partir do Primeiro em torno de 80 a.C., embora exemplos precursores datem desde o século III a.C. e se encontrem espalhados por uma larga região que vai da Etrúria à Ásia Menor, onde foi usado em palácios helenistas para exibir a riqueza dos grandes personagens. A pintura do Segundo Estilo exigia a integração do trabalho entre arquitecto e decorador, pois o uso extensivo da perspectiva pintada podia anular ou desvirtuar o efeito da arquitectura real.
Estilo Ornamental
Representa a continuidade do Segundo numa versão mais livre e ornamentada, mais leve e menos pomposa. Seus principais elementos constituintes reflectem um ecletismo comum a toda arte do período de Augusto, e incluem uma tendência clarificantes, um gosto pela cópia ou derivação de autores antigos gregos e helenistas, a influência da arte egípcia, e o florescimento do género da paisagem.
Estilo Cenográfico por volta do ano 45 d.C. Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações.
O modo cenógrafo, como a palavra sugere, mostra uma grande exuberância e vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser dramático, Os cenários da Basílica de Herculano, da Casa de Naviglio em Pompeia e as Salas de Penteou e Íxion na Casa dos Vetti são bons exemplos dessa tendência.
Retratos
Os retratos merecem um comentário à parte porque eram elemento importante no sistema religioso e social romano. O costume de retratar os mortos tinha longa tradição. Nas residências instalavam efígies dos ancestrais como forma de homenagem perpétua, e nas procissões organizadas pelas elites os retratos de família apareciam em destaque, a fim de atestar sua linhagem patrícia. Estas efígies podiam ser esculpidas sob forma de bustos ou cabeças, modeladas em cera ou terracotacomo máscaras mortuárias, ou pintadas sobre medalhões e escudos, e costumavam apresentar detalhada caracterização fisionómica, fazendo crer que se tratasse de retratos fiéis.
ESCULTURA
De um modo geral, a escultura romana tem as seguintes características:
- Influência da arte etrusca e grega, mas com características dos próprios romanos;
- Não tinha um ideal de beleza, mas presava por representações realistas. O realismo é o aspecto principal em todas as esculturas, elas tinham detalhes como cicatrizes, rugas, demonstrações dos efeitos do tempo no rosto e do envelhecimento da pele;
- Reproduções dos feitos realizados durante o Império Romano;
- Obras que misturavam aspectos da escultura e arquitetura;
- O busto humano está entre as obras que mais diferenciam a escultura romana das demais.
Os escultores romanos trabalharam a pedra, metais preciosos, vidro e terracota. Entretanto, seu traço marcante está mesmo no bronze e no mármore.
Na capital da Itália estão os museus mais valiosos, como o do Vaticano, os Museus Capitolinos e o Museu Nacional Romano, que possuem um vasto acervo das esculturas. A Galleria degli Uffizi, localizada em Florença também guarda uma parte significativa de bustos romanos.
Nos Museus estão as obras mais famosas, principalmente as grandes estátuas de deuses, imperadores e outros heróis como, por exemplo, a Escultura equestre em bronze do imperador Marco Aurélio, da qual existe uma réplica no centro da praça do Capitólio. A estátua de Marco Aurélio a cavalo tem 3,53 m de altura.
Nos Museus Capitolinos também fica a Loba Capitolina, uma escultura de bronze, com dimensões aproximadamente naturais. Ela é considerada como parte da escultura etrusca, mais precisamente do escultor Vulca de Veios, mas pode ter outra origem.
O realismo é o traço principal dos escultores, com detalhes de cicatrizes, envelhecimento da pele e demonstrações dos efeitos do tempo, como as rugas.
Objetivo principal da escultura foi fixar os traços dos que governavam o império, continuando a tradição etrusca do retrato fiel muito expressivo.
As esculturas romanas ganharam notoriedade por meio das grandes estátuas de imperadores, deuses e heróis. São exemplos a estátua de bronze de Marco Aurélio a cavalo (com 3,53 m de altura) e a estátua de Constantino I, ambas expostas no Museu Capitolino de Roma.
Cena do Altar da Paz (Ara Pacis), monumento que consagrou um estilo narrativo tipicamente romano nos relevos arquiteturais
A civilização romana é uma mescla de influências de culturas etruscas, gregas e orientais. Se os gregos se destacaram pela filosofia e os egípcios por sua arquitetura, podemos dizer que os romanos se sobressaíram por construir um Império que durou mil anos.
Muitos foram os aspectos culturais e sociais desenvolvidos no Império Romano, Direito romano, cristianismo, exército disciplina e estratégias, Línguas derivadas do latim, Alfabeto e números romanos, Arquitetura e Engenharia, Artes Plásticas que chegaram até o nosso presente, através de permanências de sua cultura. Isso não significa que as práticas antigas não tenham sofrido alterações, mas indicam a potência do Império Romano.
“Lembra-te romano de submeter os povos a teu império. Tua missão é de impor as condições de paz, poupar os vencidos e abater os soberbos.” expressou o poeta Virgílio, na sua obra Eneida.
Virgílio (70 a. C. – 19 a. C.! É tradicionalmente considerado um dos maiores poetas italiano de Roma, e expoente da literatura latina. Sua obra mais conhecida, a Eneida, é considerada o épico nacional da antiga Roma: segue a história de Eneias, refugiado de Troia, que cumpre o seu destino chegando às margens de Itália — na mitologia romana, o ato de fundação de Roma.
“Espalhar a própria fama por meio de feitos, eis uma obra de valor.”
Virgílio
A história não para por aqui!
Até a próxima parada.
Obrigadas pela leitura.
GALERIA DE IMAGENS
Referências bibliográficas:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/arte/arte-romana/amp
https://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/pintura+romana
https://www.google.com.br/amp/s/m.historiadomundo.com.br/amp/romana/arte-e-arquitetura-romana.htm
http://historiadaculturaedasartes10s.blogspot.com/2010/12/pintura-romana.html?m=1
https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/escultura-romana/amp/
https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/civilizacao-romana/amp/
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
Imagens fornecidas por Amanda Sanzi
Amanda Sanzi é artista visual, moradora do Morumbi e expressa sua compreensão do mundo através de suas obras!
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