Que tipo de empatia você pratica?

Dolce Capital Humano

Paula Rotta Assis

A empatia envolve a nossa inteligência emocional e possibilita grande habilidade social para obter a reciprocidade com outras pessoas dentro da nossa comunicação pessoal

Atualmente a habilidade mais comentada para se ter desenvolvida, tanto no ambiente profissional quanto no pessoal, é a empatia.

Apesar de ser uma habilidade tão valorizada, parece que os brasileiros ainda não conseguiram desenvolvê-la muito bem. Um estudo de 2016 da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, colocou o Brasil na 51ª posição entre os países mais empáticos do mundo. No total, 63 nações foram avaliadas.

A definição de empatia: “… é a habilidade de se colocar no lugar de alguém”, contudo não é simplesmente dizer para outra pessoa: “não foi nada, não fique assim”. 

É dizer “eu sei que é difícil e eu estou aqui com você”. É ver alguém feliz e sentir felicidade junto com esse alguém, ou ver alguém triste, doente ou chorando e ficar triste também e com vontade de ajudar.

Empatia nos conecta com as pessoas, sem preconceitos, julgamentos, porque entendemos que somos todos diferentes. Empatia é se identificar com o outro, sendo uma das mais incríveis capacidades humanas!

Uma das maiores descobertas da neurociência foram os neurônios espelhos. Quando você observa alguém fazendo qualquer coisa, incrivelmente seu cérebro fica mais ativo nas áreas responsáveis pela mesma ação, como se fosse um espelho. Esses neurônios espelham movimentos e emoções. Por isso, quando vemos uma emoção de outra pessoa nosso cérebro, para entender a emoção do outro, ensaia ativando a mesma emoção. Isso é a empatia.

Eles também descobriram que a empatia é influenciada em parte pela genética, mas, se você tem dificuldades em sentir empatia, isso pode ser aprendido ou treinado.

A empatia é um comportamento e não um sentimento, como às vezes é entendido. Ela envolve a nossa inteligência emocional e possibilita grande habilidade social para obter a reciprocidade com outras pessoas dentro da nossa comunicação pessoal.

Os psicólogos Daniel Goleman e Paul Ekman, pesquisadores do tema, apontam a existência de três tipos de empatia:

  1. Empatia Cognitiva – Entender o ponto de vista do outro

É ter a compreensão de como a outra pessoa se sente e o que ela pode estar pensando. Esse fenômeno ocorre pelo conhecimento dos processos cognitivos que disparam comportamentos humanos comuns a todos nós e estão na área do pensamento, entendimento e intelecto.

As pessoas que agem somente com a empatia cognitiva podem ser bons lideres, mas, por outro lado, podem ser vistos como pessoas mais frias e desapegadas.

  1. Empatia Emocional – Compartilhar os sentimentos do outro

Também chamada de empatia afetiva, envolve compartilhar sentimentos com outra pessoa criando uma conexão emocional. Paul Ekman define esse tipo como uma sensação de contágio emocional, ocorre pelo reconhecimento sensorial ao deixar-se contagiar pela emoção do próximo e está relacionado a área do sentimento emocional e físico.

Pessoas emocionalmente empáticas são afetadas, elas podem parecer inconvenientes, efusivas e até mesmo serem levadas a terem atitudes inapropriadas em certas ocasiões.

Isso pode levar ao esgotamento psicológico em algum momento.

  1. Empatia Compassiva – Perceber que o outro precisa de ajuda e se colocar à disposição

Depois de entender a situação de alguém e compartilhar os sentimentos, os empáticos se veem motivados a ajudar. Esse tipo de empatia também é chamada de preocupação empática.

Ela é considerada uma empatia completa por somar as 2 explicações anteriores. Pois se utiliza da área emocional e intelectual, já que além de identificar o problema do próximo, toma-se a iniciativa de planejar e solucionar o problema.

Ela traz o reconhecimento, status social, inspiração e cumplicidade das pessoas, mas, por outro lado, traz o fardo da responsabilidade, cobranças e culpa.

Uma vez que se conheça o que é empatia e todos os seus significados, ficam muito mais claros os níveis de comunicação, reciprocidade e entendimento que podemos ter com as outras pessoas.

As vantagens de descobrir esses conceitos são importantes, não somente para a carreira dentro da área profissional, mas também para os relacionamentos amorosos, familiares e outros que possam ser construídos por toda a vida.

Mas, como desenvolver essa habilidade?

  1. Esteja disposto a ver o mundo através dos olhos do outro, abrindo mão das próprias visões;
  2. Se abster de comentários que invalidam a experiência do outro ou o fazem se sentir errado, como “isso não é nada” ou “não sei por que você está tão chateado com isso”;
  3. Olhar dentro de si e lembrar como é ter a sensação de que a outra pessoa está sentindo;
  4. Ao invés de tentar trazer um lado positivo da situação, mostre que entende o que o outro está passando e valide o sentimento e a experiência dele.

Como a interação humana é feita por uma política de trocas, é bom não falhar ao perceber os sinais de que está na sua hora de se comportar com empatia dentro de uma interação. Ser uma pessoa empática pode tornar você uma pessoa melhor na comunicação e também garantir uma considerável habilidade social para o seu desenvolvimento pessoal.

Paula Rotta Assis é graduada em Gestão de Recursos Humanos, formada como Orientadora de Carreira e Analista Comportamental. Atua no mercado corporativo há mais de 10 anos estruturando e implantando áreas de Recursos Humanos. Lidera equipes e projetos na obtenção de suas metas e resultados.

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