O uso de anabolizantes e a dificuldade para engravidar

Aos 35 anos, a modelo Juju Salimeni desabafou sobre o grande sonho de ser mãe e o desafio da desejada gravidez por causa dos problemas hormonais

O plano é intensificar as tentativas no próximo ano, logo após o Carnaval. A modelo Juju Salimeni admitiu em uma entrevista nos últimos dias que é uma tentante e não engravida em razão de disfunções hormonais. Ela disse que os hormônios estão alinhados para outro motivo, se referindo aos compromissos profissionais que dependem do corpo musculoso. Nas redes sociais, Juju reconheceu que usa anabolizantes: “sem isso é difícil ter músculos”, confessou. 

O marido da modelo, Diogo Basaglia, segundo ela, está pronto para ser pai, o que fez o desejo pela gravidez aumentar ainda mais no casal. Juju Salimeni nunca escondeu o sonho da maternidade, mas tem consciência de que a realidade depende de um ajuste no organismo. 

O tema outra vez ganha destaque, a declaração da modelo foi feita pouco tempo depois da Organização Mundial da Saúde divulgar que até 50% dos casos de infertilidade conjugal dependem do fator masculino, que sofrem com as alterações seminais. 

A OMS ressaltou o uso de anabolizantes como uma das causas dessas alterações que provocam a infertilidade masculina, assim como o estilo de vida, com o abuso de álcool, o uso de drogas, o tabagismo e a obesidade, além dos fatores genéticos. 

O uso de esteroides é uma prática muito comum entre os atletas. Os anabolizantes são derivados de testosterona, hormônio que promove crescimento e divisão das células, o resultado dessas ações combinadas é a hipertrofia muscular, o que quer dizer desenvolvimento rápido dos músculos, mas um dos ônus d o ganho acelerado de um corpo musculoso e contornado é a infertilidade, que pode afetar mulheres e homens. 

“No homem, o excesso dessas substâncias causa uma queda brusca na produção de espermatozoides e ainda pode ocasionar um efeito de bloqueio para as funções dos testículos, que são essenciais no processo. Além das chances de reduzir ou até zerar a produção, existem riscos de comprometer a qualidade do sêmen, podendo, em muitos casos zerar a produção de espermatozoides”, explica o Dr. Roberto Antunes, especialista em reprodução humana. “Além disso, apesar dos efeitos deletérios mais conhecidos nos homens, o uso de anabolizantes tamb ém têm seu preço nas mulheres”, complementa o médico, “Nelas, os esteroides frequentemente levam a distúrbios da ovulação, os quais também acarretam dificuldades para a gravidez.

A poucos dias da comemoração do Dia dos Pais, o assunto merece a uma atenção especial do público masculino, que até pouco tempo sequer imaginava fazer parte de uma estatística tão equilibrada quando o assunto é infertilidade conjugal. “Muitos homens ainda acreditam que as mulheres são as principais responsáveis pela dificuldade de engravidar. Chamar a atenção do público masculino para o papel igualmente importante deles na fertilidade do casal é educativo”, destaca o especialista.

Para os médicos que estudam a reprodução humana, Juju Salimeni abre a oportunidade de um debate necessário: “O reconhecimento sobre o uso de anabolizantes é feito com maior desprendimento pelas mulheres do que pelos homens, mesmo que as substâncias sejam mais consumidas pelo grupo masculino. É que as mulheres, culturalmente, não temem revelar suas vulnerabilidades e são mais ativas quando depende delas uma mudança de comportamento na saúde, que pode levar ao resultado esperado”, pondera Dr. Antunes. “O que nós queremos é que os homens assumam cada vez mais o desejo pela paternidade e mais do que isso, se responsabilizem pelo processo que começa muito antes da concepção”, completa o especialista.    

Imagem por Freepik

Dra. Maria do Carmo Borges de Souza é graduada em Medicina com Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora da UFRJ e Livre – Docente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Presidente da REDLARA – Rede Latino Americana de Reprodução Assistida. É membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE). Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida – SBRA; Diretora da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e Diretora Médica da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana.   

Dr. Roberto de Azevedo Antunes é graduado em Medicina com Especialização em Reprodução Assistida e Endoscopia Ginecológica. Mestre em Ciências da Saúde, com ênfase em Fisiologia Endócrina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Diretor Médico da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana, Diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida- SBRA. Doutorando em Ciências da Saúde, pelo programa de Endocrinologia da UFRJ.

Dr. Marcelo Marinho de Souza é graduado em Medicina com Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Diretor Médico da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana, especialista em Reprodução Humana com títulos pela Rede Latino Americana de Reprodução Humana (REDLARA) e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE).   

A Clínica FERTIPRAXIS é certificada pela Rede Latino-americana de Reprodução Assistida por cumprir com eficiência as normas de controle de qualidade requeridas para todos os procedimentos. As instalações modernas são equipadas com recursos de alta tecnologia para manipulação e criopreservação de gametas e embriões, garantindo segurança no manuseio das amostras biológicas. Junto à tecnologia, o acolhimento aos pacientes é objetivo primordial. Os profissionais que atuam na clínica: médicos especialistas,embriologistas, enfermeiros e psicólogos, utilizam as mais avançadas técnicas de reprodução assistida para atender, orientar e tratar da forma mais adequada as pessoas que querem engravidar.   

Site: www.fertipraxis.com.br   

Instagram: https://www.instagram.com/fertipraxis/   

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Colaboração da pauta:

Ageimagem – Comunicação Corporativa
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Patrícia Limeira
Diretora Geral de Jornalismo
[email protected]

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