Adoção é um ato de amor para a vida!

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

Imagem de wirestock no Freepik

Adotar uma criança é uma ação que vai fazer parte de você. Não tem como voltar atrás, não tem como desistir. Por isso, é preciso estar muito ciente do que vai fazer.

Adotar uma criança é saber que a partir daquele instante você será responsável por aquele pequeno ser em todos os momentos da sua vida. Será responsável quando ele sorrir, quando ele tiver  febre, quando ele for obediente, quando ele for teimoso, quando for malcriado, quando responder, quando fizer algo que você não aprova, quando te der um beijo, quando te der um abraço, um sorriso, quando cair o dente, quando cair da cama, quando bater a cabeça, quando queimar a língua, quando mostrar a língua, quando fizer perguntas que você não sabe como responder, quando ele olhar para você e dizer te amo!

Em cada momento da vida, um filho está junto e misturado a você seja ele adotado ou não, ele faz parte de você. Não vai mais ficar sozinho (a) por um bom tempo, nem no banheiro; ele vai estar lá, junto, perguntando o que você está fazendo.

E você será a pessoa que o ama incondicionalmente por toda a vida, quem o apoia, com quem ele aprende a se relacionar com os outros pela vida a fora. Por isso, um relacionamento de amor e confiança tem que ser a base da relação de vocês.

O amor é exatamente o mesmo que se tem por um filho saído da sua barriga, não tem diferença, pois o amor nasce no cuidado que temos com a criança, na preocupação, na responsabilidade que temos para com ela. Se esse amor será retribuído ou não, só o tempo dirá, e não importa se é filho adotado ou biológico. A confiança nasce com o relacionamento que vai acontecendo no dia a dia.

Por que falar para a criança que ela foi adotada? Porque essa é a história dela, não da para esconder uma parte tão importante da história dessa criança, pois quando isso acontece a confiança se quebra e a revolta por ter sido enganada, traída, aparece com muita força. É a vida dela, e todo ser humano tem o direito de saber sua história.

Os pais são a base para todos os outros relacionamentos que essa criança vai ter na vida, por isso, precisa ser um relacionamento de confiança, sinceridade e verdade. Quando ela sabe sua história desde pequena, ela vê a adoção como algo natural, algo que faz parte da sua história.

Claro que tem o medo dos pais, de perder essa criança tão amada e desejada, o medo de que os pais biológicos consigam ter a criança de volta, o medo de a criança querer ficar com os pais biológicos, medo da criança não ter uma boa índole. São tantos os medos!

Imagem de Freepik

E com os filhos biológicos? Sabemos que nem todos são amados. Quantos pais não conseguem amar seus filhos? Quantos filhos não conseguem amar seus pais? Quantos não se entendem? Quantas brigas? Quantas diferenças, que os afastam ao invés de os aproximarem?  Quantos crimes?  Quantos filhos biológicos não são desejados? Por isso, biológicos ou adotivos, não tem diferença, é filho (a).

E não tem como prever o que irá acontecer no futuro, mas se o relacionamento for de amor, respeito e verdade, ele será retribuído e essa criança vai amá-los e respeitá-los pelo amor e carinho que recebeu a sua vida toda. E tenha certeza de que essa criança também vai mudar sua vida para melhor.

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Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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