AI, o grande desafio para o futuro da gestão

Em um cenário de contratações e gestão de pessoas, quem sai ganhando? A produtividade da inteligência artificial ou a resiliência da inteligência emocional? Segundo Tarsia Gonzalez, uma precisa da outra, cada vez mais

Imagem de Freepik

Ninguém pode negar que a Inteligência Artificial chegou para ficar e está promovendo mais uma revolução no mundo do trabalho. Quem domina a tecnologia está um passo à frente, mas, ainda assim, como toda mudança, existem pessoas e empresas inteiras com uma certa resistência aos novos tempos. A grande questão, para todo mundo, é: a IA pode tomar o lugar das pessoas?

Segundo Tarsia Gonzalez, mais de 30 anos de trabalho com pessoas e processos, consultora de sucessão e preparação de sucessores, a resposta é um enfático não. “Implementar tecnologia e inovação é necessidade urgente dos novos líderes”, explica ela, “mas desenvolver a inteligência emocional para lidar melhor com um mundo hiper conectado também é”.

Ela complementa: “necessitamos de líderes disruptivos, que motivem seus liderados para a grande importância da inovação e da implantação inegociável da inteligência artificial para garantir que a criatividade humana se desenvolva em alta performance”. Segundo ela, cada vez mais, uma inteligência vai precisar da outra, em um ciclo de interrelação.

Tarsia lembra que, por isso mesmo, soft skills são mais importantes do que currículo na hora de contratar. “Habilidades relacionadas a função são facilmente aprendidas, mas uma boa comunicação, uma liderança inspiradora, flexibilidade nas negociações, saber motivar toda a equipe e, principalmente, ser criativo nas soluções de problemas é primordial”.

A IA veio facilitar processos, mas jamais vai superar a interação humana, somos os únicos que temos emoções, não apenas informações”, lembra ela, que enfatiza: “o futuro do RH é, certamente, ter mais tempo para desenvolver as pessoas, por meio da inteligência emocional, para que elas possam lidar com um número maior de informações sem ansiedade e com sabedoria”.

A ideia é sermos humanos, mas com alta capacidade de integrar inovação. “A IA traz uma nova forma de atuação da área de pessoas dentro das empresas. Com o aprendizado da inovação, teremos que focar no desenvolvimento emocional, nos valores, no que motiva realmente o ser humano a ser mais criativo em suas decisões”, explica Tarsia. “Todos nós precisaremos a nos dedicar aprender a conviver com a tecnologia, como foi com o celular e tantos outros aplicativos e sistemas, mais o olho no olho e a escuta ativa por parte dos gestares jamais será substituída”, complementa.

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A gestora revela: “o que mais me chama a atenção é que como a IA pode ser uma forma de desafiar o ser humano em geral a sair do óbvio e se tornar mais disruptivo e brilhante, literalmente. A tecnologia pode ser um gatilho para termos surpresas do que apenas o homem pode desenvolver, utilizando sua inteligência e seu emocional para criar soluções inéditas”.

Tarsia Gonzales é Psicóloga Comportamental e Mentora com mais de 30 anos de experiência em gente e gestão. Seu trabalho tem foco em Governança, Sucessão, acordo de acionistas e conciliação de conflitos. É Conselheira Grupo Transpes, uma das mais sólidas empresas do setor de transportes do país, e do InovaBh, primeiro projeto em forma de Parceria Público Privada (PPP) em Educação do Brasil.

@tarsiagonzalez

Colaboração da pauta:

Planta e Cresce

Katiuscia Zanatta | katizanatta@plantaecresce.com.br

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