Dolce Insight
Mari Possidonio
A escuta ativa envolve um comprometimento genuíno em compreender o significado por trás das palavras
Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
Nunca, em tempo algum, a comunicação foi tão acessível. Através da tecnologia podemos saber o que acontece do outro lado do mundo em questão de segundos, assim como saber as notícias atualizadas da vizinhança, porém estamos cada vez mais dependentes de ferramentas digitais e, paralelamente, nos afastando da verdadeira essência da comunicação efetiva: a capacidade de ouvir e compreender. Então embora estejamos constantemente conectados, a qualidade da nossa comunicação interpessoal está ameaçada.
Neste cenário, as palavras de George Bernard Shaw ressoam de forma pertinente: “A maior dificuldade na comunicação é a ilusão de que ela foi realizada“. Essa ilusão, alimentada pela era digital, destaca a necessidade de aprimorarmos nossas habilidades interpessoais, especialmente a arte da escuta ativa, uma habilidade preciosa, capaz de transcender as barreiras impostas pela superficialidade digital.
A escuta ativa vai além de simplesmente ouvir as palavras do outro. Envolve um comprometimento genuíno em compreender o significado por trás das palavras, interpretar a linguagem corporal e reconhecer as emoções transmitidas, ouvir o que não foi dito é um ato de empatia, essencial para uma comunicação eficaz.
A escuta ativa transcende os limites das palavras, revelando-se uma ferramenta inestimável em diversos aspectos da vida cotidiana. Em relacionamentos pessoais, pode ser a chave para resolver conflitos e fortalecer vínculos.
Ao praticar a escuta ativa, demonstramos um interesse sincero na perspectiva do outro. Isso cria uma base para conexões autênticas, onde as pessoas se sentem valorizadas e compreendidas. Essa estabelecendo confiança, uma habilidade preciosa para conquistar qualquer interlocutor.
Em uma época tão dinâmica, onde conflitos são inevitáveis, a escuta ativa emerge como um farol, guiando-nos em direção a resoluções que transcendem meras negociações, ao entender completamente as necessidades, preocupações e desejos do interlocutor, podemos responder de maneira mais precisa e construtiva. A capacidade de ouvir ativamente durante momentos de tensão não apenas dissolve mal-entendidos, mas também constrói um terreno fértil para a confiança mútua.
Elimine distrações ao iniciar uma conversa significativa; reserve um momento para desconectar-se de dispositivos eletrônicos e outras distrações; concentre-se na conversa; pratique a presença consciente e, ao fazer isso, você sinaliza seu compromisso total com a interação, demonstrando respeito pelo interlocutor.
Reserve um instante para respirar profundamente e o faça de novo, conscientemente, antes de responder a uma questão. Esse simples ato não apenas acalma a mente, mas também permite que você esteja plenamente presente, afastando pensamentos ansiosos sobre respostas futuras.
Ouça sem antecipar respostas enquanto o interlocutor fala; concentre-se totalmente em suas palavras e permita que cada frase seja absorvida antes de formular uma resposta, promovendo uma compreensão mais profunda e autêntica.
Deixe de lado os julgamentos e esteja aberto a diferentes perspectivas e experiências, sem deixar que preconceitos ou preconcepções influenciem a forma como interpreta as palavras do interlocutor. Pratique a suspensão de julgamentos durante a conversa.
Faça perguntas que incentivem o interlocutor a compartilhar mais sobre suas experiências e pensamentos. Isto não apenas demonstra interesse, mas também aprofunda a conexão.
Em uma conversa, nem todas as mensagens são transmitidas por meio das palavras faladas. A comunicação não verbal desempenha um papel crucial na expressão de emoções. Intenções e nuances que podem não ser totalmente capturadas pelo discurso verbal.
A linguagem corporal é um reflexo genuíno das emoções de uma pessoa. Quando nos comunicamos, nem sempre precisamos recorrer às palavras para compreender as emoções e intenções de alguém. A linguagem corporal atua como um espelho fiel das emoções de uma pessoa, transmitindo sinais sutis que podem fornecer insights valiosos sobre o estado emocional do interlocutor.
Observar cuidadosamente gestos, postura e movimentos durante uma conversa é fundamental para uma escuta ativa e uma compreensão mais profunda. Ao compreender o que o corpo revela, podemos nos tornar comunicadores mais eficazes e empáticos, promovendo uma conexão genuína.
Expressões faciais são como janelas da alma oferecendo uma visão direta das emoções que podem ser difíceis de expressar verbalmente. Ao prestar atenção aos detalhes sutis, como sorrisos, franzir de sobrancelhas e olhares, o interlocutor pode aprimorar sua capacidade de interpretar as emoções do outro, desvendando um mundo de significados emocionais por trás das palavras faladas, fortalecendo os laços interpessoais e promovendo uma comunicação mais autêntica e compassiva.
Não permita que as distrações e ruídos atrapalhem suas interações, abrace a escuta ativa como um estilo de vida, não só como uma ferramenta, mas sim um caminho para uma comunicação mais autêntica. Que cada conversa seja uma oportunidade para praticar essa arte valiosa, enriquecendo não apenas nossas interações, mas também nossas vidas como um todo.
Mari Possidonio é especialista em Comunicação de Alto Impacto e aplica técnicas de Programação Neurolinguística em Treinamentos, Palestras, Processos de Coaching e Mentorias em equipes de profissionais que buscam desenvolver habilidades necessárias para alta performance. Há mais de 20 anos, promove treinamentos, palestras e workshops personalizados e estruturados em parceria com empresas, focando sempre no engajamento dos colaboradores para que possam reunir condições de gerir e cumprir seus objetivos e metas. Ela mantém a Newsletter Neurovendas no LinkedIn, acompanhe!
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