Meu filho não quer ir à escola, e agora?

Desde os primeiros passos na escola, a missão dos pais está longe de ser fácil

Imagem por Anastasiia Boriagina em Canva Fotos

A educação é um dos pilares mais importantes da vida e a escola, portanto, tem papel fundamental na rotina de todos. Afinal, é ali que desenvolvemos habilidades, conhecimentos e valores que nos preparam para os desafios da vida adulta.

No entanto, por vezes, nem todas as crianças se sentem confortáveis ou motivadas a frequentar a escola. E não é incomum os pais se depararem com a recusa explícita por parte dos filhos de ir até a instituição de ensino. 

Enfrentar esse desafio demanda paciência e estratégia. “Formar crianças que encaram os estudos com determinação vai além de simplesmente fazer elas entenderem a importância da transmissão de conhecimento”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT.  “Lidar com essa resistência envolve capacidade para enfrentar problemas, aprender com os erros e desenvolver habilidades de regulação emocional”, completa.

Desde os primeiros passos na escola, a missão dos pais está longe de ser fácil, mas é ao mesmo tempo muito evidente: preparar os pequenos não apenas para o dia a dia acadêmico, mas também para as complexidades emocionais que vão surgindo no caminho.

As crianças devem ser ensinadas a ter habilidades emocionais para lidar com os desafios dessa jornada”, diz Colombini.

Imagem por Sefa Ozel em Canva Fotos

Veja, a seguir, estratégias indicadas pelo especialista para lidar com essa resistência:

Procure as causas: identificar as razões por trás da falta de interesse do filho pelos estudos é o primeiro passo para lidar com a questão. E a origem do problema pode ser desde uma combinação de falta de hábitos de estudos (vício em telas, esquiva constante de demandas, oposição e agressividade) até fatores psiquiátricos e comportamentais (como dificuldades e déficits de aprendizagem e de socialização). “Uma avaliação comportamental é fundamental para compreender quais são essas restrições e traçar um plano de ação”, diz Colombini.

Avalie se existe queda no desempenho acadêmico: este pode ser um sinal relevante de problemas emocionais. “Nessa situação, uma boa comunicação e proximidade com o filho são essenciais para perceber sinais de possíveis dificuldades psicológicas e é indicado que os pais procurem ajuda especializada, como o Acompanhamento Terapêutico (AT), processo no qual um psicólogo habilitado acompanha de perto o estudante, identificando suas dificuldades e fazendo uso de estratégias eficazes e personalizadas para cada caso”, diz o especialista.

Imagem por Anastasiia Boriagina em Canva Fotos

Encontre formas de motivar os estudos: os pais podem utilizar técnicas comportamentais, como recompensas, gamificação e sistemas de pontos, para estimular a criança nos estudos. “Envolver-se ativamente nesse processo, tornando o ambiente agradável e mostrando como o conhecimento pode ser aplicado na vida cotidiana, pode trazer bons resultados”, diz Colombini. 

Aposte sempre no diálogo: manter uma comunicação aberta e receptiva com o filho é tudo! “Criar um ambiente onde a criança se sinta à vontade para expressar seus sentimentos em relação à escola é essencial para entender suas preocupações e anseios”, diz o psicólogo.

Faça mudanças na casa: avaliar o ambiente doméstico é outro fator de extrema relevância. “Certas mudanças em casa podem influenciar significativamente o comportamento do filho em relação aos estudos. Criar um cantinho personalizado dos estudos, por exemplo, pode ser um baita estímulo para a criança”, diz o psicólogo. Além disso, os adultos devem incentivar hábitos de estudo saudáveis, como pausas, organização de materiais e estabelecimento de metas graduais e realistas. Tudo isso contribui para o desenvolvimento acadêmico.

Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Colaboração da pauta:

Key Press Comunicação

Caroline Fakhouri | [email protected]

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