O porquê que devemos insistir na conscientização sobre o Autismo

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

É fundamental levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta, principalmente, o comportamento social de um indivíduo. Características como desenvolvimento atípico, repetições, estereotipias e dificuldades na comunicação marcam os principais sinais dessa condição.

O TEA costuma ser diagnosticado logo no início da infância de um indivíduo, mas muitos procuram avaliação após os 3 anos, com sintomas como atraso da fala, tendência ao isolamento social e padrões de comportamentos estereotipados. Sinais como restrições de interesses, seletividade alimentar, hiperfoco e manifestações comportamentais também ajudam na identificação do transtorno.

Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, melhores são as intervenções de tratamento. Afinal, é possível acompanhar o quadro desde o início e oferecer o suporte necessário para que o indivíduo se desenvolva com bem-estar e todas as suas necessidades atendidas.

Além disso, por conta da neuroplasticidade, o diagnóstico na infância é fundamental para que o tratamento auxilie no desenvolvimento do comportamento social, da linguagem, do aprendizado e das intervenções comportamentais de forma duradoura.

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Como funciona a avaliação neuropsicológica para investigar o autismo?

A avaliação neuropsicológica é uma importante ferramenta para ajudar na avaliação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso porque a realização dela auxilia na identificação de áreas cognitivas e emocionais que podem ser diferentes em uma pessoa no espectro. Além disso, é possível analisar qual o grau de severidade da condição.

A avaliação neuropsicológica pode fornecer uma análise mais completa e precisa das habilidades da pessoa no TEA. Isso ajuda a identificar quais áreas precisam de intervenção e quais estratégias podem ser úteis para ajudar a criança ou adolescente a lidar com suas dificuldades.

Na avaliação é realizado um mapeamento de todas as funções cerebrais das pessoas, além dos aspectos emocionais e da personalidade.

  • Funções visuais;
  • Atenção;
  • Organização, planejamento e flexibilidade mental;
  • Funções visuoespaciais, visuo-construtivas e visuo-motoras,
  • Linguagem (receptiva e expressiva);
  • Processos de Memória (verbais e visuais);
  • Nível intelectual (global e específicos), além dos aspectos comportamentais, sociais e emocionais.
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Vale destacar que as crianças que são encaminhadas para uma avaliação já podem ter um diagnóstico de autismo ou ainda estão buscando respostas por seus comportamentos e limitações.

Após a avaliação neuropsicológica é possível desenvolver um currículo adaptado, para que a criança possa aprender de forma mais eficiente.

A criança ou adolescente passa a estudar de acordo com as suas dificuldades e limitações.

Além disso, é possível compreender se criança autista não está absorvendo os conteúdos em sala de aula.

E quais são suas dificuldades — falta de atenção, dificuldade em memorizar, diminuição da percepção visual e/ou auditiva e se há um quociente intelectual deficitário.

Dessa forma, a avaliação neuropsicológica pode contribuir com um diagnóstico de autismo e no planejamento de estratégias e condutas terapêuticas e educacionais. Tudo isso ajuda no desenvolvimento da criança ou adolescente e aumenta a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes.

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Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.

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