História do Brasil está ligada aos grãos que até hoje movimentam a economia
A origem do café, assim como sua data comemorativa, é incerta. A mais famosa lenda conta que um pastor etíope chamado Kaldi teria notado que suas cabras tinham um comportamento mais agitado após consumir o fruto vermelho de uma planta específica. Da mesma forma, pouco se sabe sobre a data de 14 de abril, mas especula-se que a Organização Internacional do Café tenha realizado um evento em 1997 na China, e a data tornou-se uma celebração anual.
De qualquer forma, é inegável a importância e a influência do café na história mundial e do Brasil, assim como sua importância econômica. O cultivo do café começou em torno de 1730, quando foram trazidas as primeiras mudas da Guiana Francesa. As plantações começaram no Pará e logo se disseminaram para o Nordeste e Sudeste do Brasil. Durante o século XIX esse foi o carro-chefe das exportações, declinando apenas no século XX.
Atualmente o Brasil é responsável por 30% da produção mundial. Por ser uma das bebidas mais consumidas do mundo, é também a segunda maior commodity no mercado financeiro mundial, perdendo apenas para o petróleo, como explica a professora de Geografia do Colégio Marista Santa Maria, Vania Gomes Celso.
Confira 6 curiosidades sobre o café para celebrar a data:
Origens míticas: a palavra “café” vem do termo árabe “qahwa”, que significa vinho. Segundo uma famosa lenda, o café foi descoberto por um pastor etíope chamado Kaldi, que notou o comportamento energético de suas cabras após consumirem os frutos vermelhos. Fascinado, ele também experimentou os frutos e sentiu uma sensação similar, levando à disseminação do café pelo mundo.
Ouro negro: o café é comumente referido como “ouro negro” devido ao seu valor econômico e influência global. É uma das commodities mais negociadas no mundo, com um mercado global estimado em bilhões de dólares anualmente.
Efeito revolucionário: os cafés frequentemente foram locais de encontro para intelectuais, artistas e revolucionários ao longo da história. Estabelecimentos como o Café Procope, em Paris, foram centros de atividade política e cultural durante a Revolução Francesa.
Jornada do grão: o processo de cultivo, colheita e produção do café é uma jornada fascinante. Os grãos de café geralmente são cultivados em regiões tropicais e subtropicais, como Brasil, Colômbia e Etiópia, antes de serem colhidos, processados, torrados e moídos para consumo.
Mudanças climáticas: a produção global de café está sentindo o efeito das mudanças climáticas. Pesquisas já sinalizam que as áreas propícias de cultivo vão sofrer redução drástica, pois a planta não tolera altas temperaturas, granizo nem geadas. Dessa forma, as plantações devem migrar para regiões mais frias, com temperaturas abaixo de 23oC.
Impacto na saúde e bem-estar: estudos científicos sugerem que o café, consumido com moderação, pode trazer uma série de benefícios à saúde, incluindo a melhoria do desempenho cognitivo, redução do risco de doenças como diabetes tipo 2 e Parkinson, e até mesmo a promoção de uma vida mais longa.
Conheça os benefícios científicos dessa bebida tão queridinha
A nutricionista Dra. Gisela Savioli explica que o café faz bem para a saúde, mas é preciso estratégias certas para a sua ingestão diária
O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, apreciada por seu sabor único e aroma delicioso. Além de ser uma fonte de prazer para muitos, o café também tem sido objeto de estudo por seus potenciais benefícios à saúde. E, para celebrar o Dia Mundial do Café, comemorado no dia 14 de abril, a nutricionista clínica e funcional, Dra. Gisela Savioli, explica quais são os benefícios dessa bebida que conquistou o planeta e que, se tomada em quantidades moderadas, não faz mal à saúde.
Diversos estudos sobre os benefícios do café já foram realizados. No mais recente, pesquisadores britânicos concluíram que pessoas com câncer de intestino que bebem de duas a quatro xícaras de café por dia têm menos probabilidade de ver a doença voltar. Em outras pesquisas, já foi demonstrado que a bebida tem a capacidade de aumentar a atenção, melhorar a concentração e a memória, além de possuir ação estimulante sobre o sistema nervoso.
Poder estimulante
O café agrega benefícios estimulantes especialmente por causa da presença de cafeína. Pesquisas feitas pelo Instituto do Coração, o Incor, já confirmaram que em doses ideais não prejudica o coração e até protege o sistema cardiovascular.
“A ressalva é que para ter benefícios precisa ser consumido puro, sem açúcar e sem adoçante, estes sim prejudiciais. Para quem ainda adoça o café, uma sugestão é substituir por pitadas de temperos terapêuticos, como canela em pó“, pontua a nutricionista
Rico em antioxidantes
Além disso, o café é rico em antioxidantes, como ácido clorogênico e polifenóis, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o risco de doenças crônicas e promovendo a saúde geral. “O café tem sido associado a um menor risco de várias condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2”, diz Dra Gisela Savioli.
Aumento da resistência física
Para os atletas, a bebida é ainda uma boa aposta. Isso porque a cafeína presente no café pode aumentar a resistência durante o exercício físico, ajudando a melhorar o desempenho atlético e a reduzir a percepção de esforço.
Melhora a disposição
Outro benefício é a melhora da disposição. Não à toa, quando acordamos cedo ou sentimos muito sono, é comum desejar um café para despertar. “Além de seus efeitos estimulantes, o café também pode ajudar a melhorar o humor, graças à sua capacidade de aumentar a produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina”.
Consumo consciente!
Embora o café ofereça muitos benefícios à saúde, é importante consumi-lo com moderação, pois o excesso de cafeína pode levar a efeitos colaterais indesejados e até dependência em pessoas que não metabolizam bem a bebida, como nervosismo, insônia e palpitações cardíacas.
“Existe algo chamado individualidade bioquímica e cada pessoa pode reagir de uma forma. Uma dica para saber se você não metaboliza bem o café – ou tem exagerado na dose – é ficar três dias sem a bebida. Se sentir náusea, irritabilidade, dor de cabeça podem ser indícios de diminuição de dose ou busca de outras opções, como por exemplo o café descafeinado.”
A esse grupo, Gisela orienta o consumo do café descafeinado. E, no geral, é indicado limitar o consumo em até três xícaras por dia e tomar o último cafezinho até às 17h.
Dra. Gisela Savioli (@giselasavioli) é nutricionista clínica funcional, fitoterapeuta, além de especialista em Saúde da Mulher no Climatério pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSPUSP) e graduanda pelo Instituto de Medicina Funcional dos EUA. Autora de 10 livros, o último publicado em 2021 – Intestino é onde tudo começa e não onde tudo termina – publicação que figura entre as mais vendidos na área de Nutrição, Saúde e Família da Amazon Brasil. É apresentadora da TV Canção Nova e foi a nutricionista responsável pela visita do Papa Bento XVI em sua estadia no Brasil em 2007. Com mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais Instagram e Youtube (@giselasavioli), foi escolhida como health advocate – defensora das mídias sociais — nas conferências internacionais de 2014, 2015 e 2016, promovidas pela Janssen Pharmaceuticals . Já atendeu mais de 2.500 pacientes e ensinou mais de 10 mil alunos a fazerem dos seus alimentos os melhores medicamentos.
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