Enquanto a tecnologia pode nos ajudar a transmitir informações de maneira eficaz, ela nunca poderá substituir completamente a riqueza e a complexidade da comunicação humana direta
Por José Antônio Ramalho
Estamos imersos em um mundo no qual a tecnologia desempenha um papel fundamental na maneira como nos conectamos e comunicamos. Com o surgimento da Internet, redes sociais, dispositivos eletrônicos e Inteligência Artificial, a interação entre as pessoas mudou: é possível entrar em contato com alguém que está a quilômetros de distância, compartilhar ideias para milhões de ouvintes ao mesmo tempo e ainda contar com a ajuda da IA para elaboração de uma mensagem de texto.
Ferramentas como videoconferências, chatbots on-line de IA e até assistentes virtuais estão redefinindo o que significa se conectar em um mundo cada vez mais digitalizado, criando formas de expressão que transcendem as limitações da comunicação verbal e escrita.
No entanto, há uma questão importante a ser levantada quando discutimos o papel da tecnologia na interlocução: até que ponto ela pode substituir a humana? Embora todo o desenvolvimento tenha facilitado a comunicabilidade, é da nossa natureza ser social, sendo assim a tecnologia capaz de acelerar atividades e oferecer conhecimento, mas a individualidade de cada um insere o sentimento e clareza nesse tipo de exposição de ideias.
Imagine uma situação em que duas pessoas estão em desacordo em uma conversa on-line, seja no trabalho, na família ou em um relacionamento pessoal. Embora existam ferramentas de comunicação digital que podem auxiliar na intervenção desses debates, como gerar uma mensagem por IA, esses meios muitas vezes não capturam completamente nuances emocionais e linguísticos.
Em um novo mundo dominado pela rapidez nos relatos, é válido lembrar que a falta de supervisão humana pode trazer um tom errôneo à conversa. Isso significa que, embora a tecnologia possa ser um recurso valioso para facilitar a comunicação, ela não pode substituir completamente a conexão emocional e interpessoal que ocorrem em interações feitas por meio da individualidade de cada ser humano.
Atualmente, algumas IA’s são capazes de compreender e responder a uma ampla variedade de perguntas e solicitações, o que as tornam auxiliares incrivelmente úteis para a proza digital. Porém, por mais sofisticadas que sejam, elas ainda carecem da capacidade de expressar emoções e sentimentos de uma maneira verdadeiramente humana, trazendo empatia e clareza.
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Enquanto a tecnologia pode nos ajudar a transmitir informações de maneira eficaz, ela nunca poderá substituir completamente a riqueza e a complexidade da comunicação humana direta. O impacto dela é um reflexo do nosso próprio relacionamento com a tecnologia. Se utilizada de forma responsável e consciente, a IA, por exemplo, apresenta o potencial de enriquecer nossas interações sociais, ampliar nossas perspectivas e fortalecer os laços que nos unem como seres humanos. Entretanto, é necessário deixar claro que se relacionar é se comunicar, é a combinação única de conhecimento, emoção e clareza que torna a troca humana tão poderosa e significativa.
José Antônio Ramalho é autor do livro “O Poder do Diálogo – A Arte da Comunicação Humana” e outros 123 livros de diversos assuntos, como tecnologia, fotografia, mitologia e viagens. Com formação na área tecnológica pela Universidade Mackenzie, foi um dos pioneiros ao escrever livros sobre o setor de informática e atualmente se considera um storyteller. Possui 30 anos de experiência no mercado corporativo, oferecendo treinamento, consultoria e coaching. Também escreveu para vários dos maiores portais de notícias do país, como o jornal Folha de S. Paulo e O Estado de Minas. Ramalho também produziu e apresentou a 4ª temporada do Programa “50 por 1”, e outros documentários sobre viagens.
https://storytelling.ramalho.com.br/
https://www.instagram.com/joeramalho/
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