Ela se apresenta sem filtros, freios ou quaisquer constrangimentos, encarando o público como se este estivesse à mesa com ela em um jantar. Ou seja, muito bem à vontade, como quem alerta de que não pode haver cerimônias em rir até rachar!

É isso que ela faz com todos! Sem a menor satisfação ao politicamente correto, essa praga que tem causado mais mal do que prometia de bem, especialmente para o humor, “Tô Velha, Mas Tô Na Moda”, se faz muito atual pois, ao mesmo tempo, celebra e brinca com a própria condição humana do dia a dia e do processo inevitável em que, todos nós passamos ao “ficarmos velhos”, ganhando idade, suas consequências e todo o tom grisalho que isso traz.

Vlatt tira da terceira idade um mosaico daquilo que poderia ser triste ou melancólico em nossa condição humana e que, quando olhamos de perto, percebemos em seu entorno, a ironia, o ridículo, o inusitado e também, por que não, a desimportância de muitas coisas que costumávamos dar valor, ganhar traços de comédia.

E, então, lembramos que rir ainda é o melhor remédio na vida! E mais: rir de si mesmo demonstra um desprendimento do mundo, das coisas, uma liberdade em saborear a vida com o que ela ainda nos faz sentir e assim, abrir um belo sorriso no rosto de satisfação por toda a experiência vivida.