Uma abordagem terapêutica transdisciplinar

De acordo com a equipe médica, durante a experiência, estímulos auditivos e táteis foram intensificados ao máximo, permitindo que ele tivesse contato com os instrumentos e experimentasse o ambiente sonoro que tanto ama.

Além dos benefícios sensoriais, foi perceptível a redução imediata na ansiedade e um fortalecimento dos vínculos terapêuticos, graças ao estímulo emocional fornecido pela música. “A música tem esse poder de conectar as pessoas. No estúdio, João Paulo conseguiu sentir-se parte de algo significativo, cercado de pessoas que compartilham de sua paixão, o que fez toda a diferença em seu tratamento”, declarou o Dr. André Tavares.

Também foram apresentadas as possibilidades de acessibilidade dentro das limitações físicas, a valorização do vínculo de memória afetiva com a música e os instrumentos musicais, a ativação dos estímulos proprioceptivos, auditivos e sonoros, e o reforço do vínculo com a equipe assistencial e engajamento nas terapias.

Uma nova forma de inclusão social e bem-estar

Iniciativas como essa, que resgatam hobbies e interesses pessoais, são essenciais para uma reabilitação completa. Segundo Michelle Mantovanelli, “essas atividades proporcionam ao paciente uma sensação de pertencimento e individualidade, tornando o processo mais leve e significativo. A música não só ajuda a criar memórias afetivas positivas como é um incentivo à autonomia e ao convívio social”, completa.

Um dos objetivos da reabilitação é a retomada do convívio comunitário, seja de maneira independente, supervisionada, assistida ou adaptada. Ações de inclusão social dentro desse contexto faz o processo de reabilitação se tornar mais leve.