A cada início de ano letivo, o desafio de comprar material escolar se repete, mas a jovem escritora Malu Lira, de 14 anos, criadora do projeto Malu Finanças na Escola, compartilha dicas práticas para ajudar pais e crianças a enfrentarem esse período sem comprometer o orçamento. Todos os alunos adoram ter materiais novos, especialmente os lançamentos, e quando têm personagens licenciados, esses itens se tornam quase obrigatórios nas mochilas escolares. Porém, essa tendência de consumo pode ser explicada e vivenciada de forma saudável pelos filhos. Malu sugere que a economia circular, com a troca de livros, mochilas, estojos e outros materiais entre amigos e familiares, pode ser uma forma bacana de praticar o consumo consciente. Além disso, essa prática contribui para um mundo mais sustentável e está totalmente alinhada com as discussões sobre a preservação do meio ambiente.
Pesquisas apontam que, em média, famílias gastam cerca de 25% do orçamento mensal nas compras de volta às aulas. Para Malu, aprender a administrar os materiais durante todo o ano e comprar de forma consciente ajuda a reduzir esse peso.
“Planejamento é superimportante para transformar o dinheiro que a gente gasta em uma chance de aprender sobre consumir de forma mais consciente. A economia circular, que todo mundo fala agora sobre moda, também serve pra coisas como materiais e livros escolares. Dá pra trocar, vender coisas que a gente não usa mais, usar sites, sebos, e até a escola pode ajudar nesse processo”, diz Malu.
Livros didáticos e paradidáticos podem ser repassados para estudantes mais novos, além de cadernos e materiais de papelaria que foram pouco usados. Quem está avançando também pode procurar os títulos pedidos na lista com colegas mais velhos da mesma escola.
Malu sugere que a família toda participe e ajude a fazer um inventário completo do que já existe em casa antes de ir às compras. “Isso evita itens duplicados e ensina as crianças a valorizarem o que têm”, diz. Além disso, ela recomenda criar um orçamento limite e envolver os pequenos no processo, apresentando opções e explicando escolhas.
Outra dica é evitar produtos com personagens famosos, que podem custar até 40% mais do que os genéricos. Existem também opções mais sustentáveis, como materiais reutilizáveis e trocas entre famílias, que estão em alta. “Essas alternativas ajudam no bolso e ensinam valores importantes para as crianças”, diz Malu.
Planejar as compras escolares com antecedência ou esperar o início das aulas pode fazer diferença no orçamento. “Fazer as compras em períodos menos movimentados, como antes do pico de procura ou depois que as aulas começam, aumenta muito as chances de economizar, porque os preços costumam ser mais baixos e ainda tem a chance de encontrar promoções nessas épocas”, explica Malu Lira.
Malu lembra que a educação financeira começa em casa. “Ensinar as crianças sobre consumo responsável desde cedo faz toda a diferença no futuro delas e, ao mesmo tempo, ajuda a aliviar o bolso dos pais”.
Maria Luiza Lira é amazonense que com 14 anos é escritora, porta-voz da Me Poupe! e palestrante de educação financeira para crianças e adolescentes. Nascida em 2010, sempre se mostrou curiosa e interessada em assuntos relacionados a finanças. Começou seus estudos assistindo vídeos da Me Poupe! e, aos 11 anos, escreveu seu primeiro livro. Hoje, aos 14 anos, tem 15 livros publicados, todos com a temática de educação financeira para crianças, além de ser idealizadora do Projeto ‘Malu Finanças na Escola’, que oferece soluções para a educação financeira para crianças, pais, professores e gestores públicos, presente em mais de 100 escolas do Brasil.
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