Eu sempre soube que não cabia na casa simples onde nasci (embora amasse todos profundamente). Desde cedo, aprendi que o conhecimento seria o meu passaporte para uma vida diferente. Acredito que tenha feito tudo certo, estudei, me conectei com pessoas, aprendi, construí́… e, mesmo assim, ainda não cheguei lá́ (mas o que é “chegar lá́”? Será́ que já́ cheguei e não percebi?).
E agora? O que acontece quando o tempo passa e a vida não parece acompanhar o esforço que coloquei?
Pensando bem, a verdade é que o sucesso não tem prazo de validade. O que eu queria aos 20, aos 30 ou aos 40 pode não ter acontecido da forma como eu esperava. Mas isso não significa que ele não possa acontecer agora.
A maioria das histórias de sucesso que conheço são contadas depois do final feliz. Mas antes desse final, acredito que todas tiveram momentos como esse que eu estou vivendo.

Oprah foi demitida e disseram que ela não servia para TV. Vera Wang só entrou no ramo da moda depois dos 40. Harland Sanders (o Coronel do KFC) só ficou rico aos 65.
Muitas vezes, não é a falta de talento ou de esforço que nos impede de avançar, mas a crença de que já deveríamos ter chegado. Quando acreditamos nisso, o que acontece? Infelizmente nos sabotamos. Começamos a pensar “já passou do tempo…”, “se fosse pra dar certo, já teria acontecido”, “talvez eu não seja tão boa assim…”
E essa voz interna faz com que a gente desacelere, procrastine, duvide de nós mesmos.
Reconhecer o que eu já construí pode ser uma forma de me convencer que vale a pena tentar de novo.

Mesmo que não tenha chegado aonde queria, olho para trás e vejo o quanto já caminhei. Quem eu era há 20 anos ficaria orgulhosa da pessoa que sou hoje. Talvez a tranquilidade financeira que eu imaginei, não tenha vindo pelo caminho que eu esperava, mas virá. O jogo não acabou! Preciso me lembrar que é necessário ajustar a rota, não o destino que sempre quis.
Meu talento, minha inteligência, minha capacidade não tem data de validade. Só porque não aconteceu antes, não significa que não possa acontecer agora. Bora desconectar o tempo, do meu valor. Criar um plano concreto para voltar ao páreo. O que exatamente eu preciso fazer? Quais são os primeiros passos? Como posso me comprometer de verdade com esse caminho?.
O segredo final é que, o que diferencia de quem chega para quem desiste não é a velocidade, mas a persistência. Algumas pessoas vão direto ao ponto. Outras precisam de desvios, pausas, reencontros. Mas quem continua, chega.
E a pergunta que fica é: você vai continuar? Porque eu vou.
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