Vivemos em um mundo que constantemente nos empurra para fora da nossa essência. A sociedade dita padrões, define o que é belo, aceitável e desejável. E, muitas vezes, para sermos aceitos, moldamos quem somos, criamos versões de nós mesmos que se encaixam nessas expectativas. Mas o preço dessa adaptação pode ser alto: a sensação de que não somos amados de verdade, pois não amam quem realmente somos, mas sim a imagem que construímos para pertencer.
Quando nos afastamos da nossa essência, aumentamos nossa vulnerabilidade. Passamos a viver em função da aprovação do outro, nos distanciamos do que realmente nos faz felizes e, aos poucos, perdemos o brilho no olhar. Por isso, assumir quem somos é um ato de coragem. Requer treino, paciência e muita autocompaixão. Mas também é libertador.
Teremos milhões de motivos para desistir de sermos a gente, inclusive vindo das pessoas mais próximas… Não desista. Será uma grande oportunidade de se apaixonarem pelo que é genuíno.

Autoestima não é sobre se sentir bonita o tempo inteiro. É sobre respeitar seus limites, cuidar de si, reconhecer que a beleza é única e mutável. Haverá dias em que o cabelo não colaborará, a roupa não parecerá cair bem, a pele não estará radiante. E tudo bem. Amanhã será um novo dia, uma nova chance de se olhar com carinho.
O prazer vai além do que se vê. Ele está no sentir, no viver, no permitir-se experimentar o que vale a pena. Nem sempre tem a ver com sexo, mas sempre tem a ver com aquilo que faz nossos olhos brilharem. Com aquilo que nos traz alegria genuína, que nos reconecta com quem somos e nos lembra do que realmente importa.

Se priorizar não é ser egoísta, é se cuidar para garantir que eu fique. Parece doido entender, mas é isso mesmo… Meu relacionamento com o outro começa comigo mesmo.
Se tem uma forma de agradecermos a vida e por quem somos, é cuidando do que temos. Não há problema em querer melhorar aspectos da nossa aparência ou da nossa vida, desde que isso não nos afaste da nossa verdade. O segredo é não se perder nas mudanças.
Ser você é um desafio, mas também é um privilégio. Então experimente. Descubra a sua própria forma de sentir, amar e viver. Porque o amor verdadeiro começa quando nos permitimos ser quem realmente somos.
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