Apresentar um produto ou serviço ao mercado é uma tarefa árdua da publicidade e do marketing. Especialmente nos dias de hoje. Não se trata apenas de dizer para o que serve aquilo que se está apresentando. Seja para o que for, dezenas de negócios já estão por aí oferecendo os mesmos resultados.

Este produto precisa se identificar, se diferenciar, despontar e, mais do que tudo, levar para quem irá consumi-lo, valor. Sim. Não basta entregar o que promete. É preciso ir além. É ter o chamado “diferencial”.

Tendo que se apresentar ao público consumidor, é preciso começar com o mais importante. Seu nome, sua marca, sua identidade. E na esteira dessa última, o visual e a mensagem que passa é importante para a comunicação com quem se quer atingir. E neste sentido, desde os primórdios da publicidade moderna, a marca busca ser reconhecida pelo seu visual através de um logotipo e de seu slogan. Mas um dos grandes apelos para um reconhecimento mais profundo na memória dos consumidores (para se criar o que a publicidade chama de recall) é o uso de um personagem. É “humanizando” a marca que ela tem condições de ter mais destaque justamente porque amplia sua capacidade de se comunicar. O produto, através de sua marca, pode falar conosco e definir comportamentos de consumo.

O uso de caracterizar marcas é bem explorado na Publicidade e no Marketing, mas o processo de criar personagens que façam a dupla viagem de se identificar com o produto e com o público exige, além de técnica, talento e uma sensibilidade apurada capaz de tirar do imaginário uma alma identitária do produto de maneira a dialogar com o seu consumidor.

O publicitário Carlos Eduardo Silva, Cadu, da Chihuahua Design, especialista da área, na qual já criou dezenas de personagens para diversas marcas no mercado, contou nos um pouco de como é o processo da concepção de um personagem falando de sua própria experiência.