Por Daniela Biancolini
A escola e a família são ambientes propícios para o exercício de resolução de conflitos, pois a interação em grupos é constante.
Nesse processo de intermediação não existe certo ou errado, tudo vai depender do que queremos transformar e em quais situações. O essencial é manter essas relações saudáveis e humanas. A missão é converter qualquer situação difícil em aprendizado.
Além disso, o mediador de conflitos deve atuar com ética, sem reproduzir exclusões, estereótipos e quaisquer tipos de discriminação.
Ao analisar as singularidades de cada situação, chegaremos a estratégias e ações para cada aluno e a intenção final é validar o melhor dos envolvidos.
A escola deve pensar em uma maneira pedagógica que ensina o processo de transmissão de atitudes e valores. Para isso, utiliza-se mecanismos socioemocionais que estimulam a autorreflexão, fortalecimento do eu, entendimento de suas capacidades e disponibilização de ferramentas para facilitar esse trabalho. O despertar da necessidade de estabelecer acordos para conviver de forma harmoniosa e a abertura de espaço para diálogo sem julgamentos, o cultivar aspectos positivos e não negativos e mostrar as vantagens da cultura de paz são construídos com ações cotidianas, nos ambientes de convivência e na criação de espaços inclusivos e integradores.
Na família, deve-se repensar nas posições e atitudes como relações, valores, ética e respeito à diversidade. A longo prazo essas mudanças facilitam a transformação no convívio e regulam os vínculos. A compreensão dos relacionamentos, reconhecimento das diversidades, a capacidade de entender e aceitar outros pontos de vista são facilitadores na prevenção de conflitos e resoluções dos mesmos.
Concluímos, então, que cada família é marcada por modelos e rotinas diversas, que devem ser analisados antes de intermediar um conflito e determinar a forma de enfrentá-los.
Devemos também nos atentar em qual fase os filhos estão e por quais mudanças as famílias estão passando, pois, em cada uma delas existe um tipo de conflito relacionado à faixa etária.
É impossível que não existam disputas de interesse em uma sociedade. As atitudes dos envolvidos devem ser de responsabilidade e protagonismo para resolver seus problemas.
Nesse caminho à democracia, o diagnóstico das situações e interpretação das informações são de suma importância.
No momento que identificamos um conflito devemos deter sua evolução, melhorar a convivência, evitar as disputas, incentivar o diálogo entre as partes para que os benefícios sejam recíprocos.
Alguns conflitos de relacionamento estão associados a pouca ou nenhuma comunicação. Os interpessoais acontecem por ideias, pensamento, ideologias diferentes e por suas incompatibilidades. Esses estão relacionados à dinâmica, competitividade e possessividade.
Uma das soluções é aprender a escutar, ter empatia, ajudar, compartilhar seus segredos e ser consciente de suas próprias qualidades.
O ambiente físico e emocional seguro também é de essencial importância para que nele exista confiança e, dessa forma, as partes expressem com honestidade seus pensamentos e sentimentos.
Devemos mostrar para as crianças que, desde cedo, elas podem e devem ter um papel importante na pacificação do mundo, transformando pequenas atitudes em grandes ações.
Fazendo uso das estratégias citadas acima, diminuímos a hostilidade de palavras e ações e conquistamos um melhor controle emocional.
Criar um ambiente generoso e gentil, valorizar as práticas de tolerância e validar comportamentos positivos, tem papel fundamental nesse processo.
Não podemos nos esquecer dos Programas Institucionais que propõem a transformação interpessoal no âmbito escolar e familiar.
No colégio Anglo Morumbi trabalhamos com o Líder em Mim, programa que trabalha as habilidades socioemocionais dos nossos alunos e equipe em geral. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes ensina conceitos, habilidades, ferramentas e competências, trazendo para a escola a cultura de pacificação e protagonismo do aluno. Desta forma, acreditamos que podemos transformar a realidade dos nossos alunos e de nossas famílias.
Imagens cedidas pelo Colégio Anglo Morumbi
Daniela Biancolini é professora dos anos iniciais do Colégio Anglo Morumbi
Há mais de 27 anos, o Colégio Anglo Morumbi vem transformando vidas e abrindo caminhos para um mundo em transformação. A proposta pedagógica é pautada nos três pilares: acadêmico (Sistema Anglo de ensino, treinamento contínuo de professores, High School, Plataforma Bilíngue Cultura Inglesa (Imersão na língua inglesa), socioemocional (Líder em Mim, Parceria Unesco) e inovação (Cultura Maker, Sala Google, Aplicativos de gamificação).
Os alunos, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental até o Ensino Médio, são incentivados a desenvolverem suas lideranças, responsabilidades e o protagonismo para sua formação. Recebemos o título de Escola Farol, um reconhecimento internacional da excelência atingida pela escola em termos de resultados escolares, desenvolvimento do senso de liderança, autonomia e autoconfiança dos alunos.
O Colégio Anglo Morumbi é Escola Google Referência, reconhecidos por desenvolver soluções curriculares inovadoras e tecnológicas, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. Os professores são capacitados e certificados para utilizarem as ferramentas Google, tornando a aula mais envolvente e dinâmica.
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1 Comment
Ótima reflexão!