Se tem uma disciplina que todos se arrepiam só de ouvir o nome é a Matemática! E, buscando a etimologia desta palavra no dicionário, os arrepios só se amplificam: “ciência do cálculo”. “Ciência que trata das medidas, propriedades e relações de quantidades e grandezas e que inclui a aritmética, a álgebra, a geometria, a trigonometria, o cálculo etc.” Porém, a matemática vai para muito além de sua etimologia dura, estática, exata. Ela está no cotidiano de todos, é vivida, utilizada, exemplificada e materializada diariamente. Então, por que a matemática, como disciplina escolar, é tão estigmatizada? Ela pode e merece ser vivida com a mesma fluidez que permeia nosso dia a dia. E esse rompimento de estigma com essa Ciência encontra na educação seu maior aliado.

Enquanto vivência não escolarizada, a Matemática faz-se presente na nossa vida sem medos e receios. Contudo, durante a escolarização e ao cientificar essa vivência, dando nome aos processos matemáticos cotidianos, percebe-se uma mudança significativa na relação que se estabelece com ela. Todo mundo já viveu uma forte decepção em Matemática, sobretudo no período escolar, criando até certos medos e bloqueios com relação a ela. Uma formação escolar em matemática traumática, pautada numa relação estática de memorização dos cálculos, por exemplo, distante da realidade concreta do educando, faz com que esses medos e bloqueios, mesmo sem ser intencionais, cheguem às crianças.