A gente nunca perde por amar!

Pamela Magalhães

CRP : 06/88376

A Psicóloga Pamela Magalhães escreve nesta coluna quinzenalmente respondendo a perguntas enviadas por leitores e leitoras ao e-mail [email protected].
Você pode enviar suas perguntas para a Pamela também através do formulário ao final desta página.
São selecionadas três perguntas e a
s pessoas que tiverem as suas escolhidas, tem suas privacidades totalmente preservadas.

Dolce Morumbi

Bom minha pergunta é, mesmo passando pelo o que passamos, mesmo que saibamos que a relação não dá mais certo, porque continuamos pensando na pessoa que tanto nos fez mal e ainda acreditamos que ela possa ser diferente? (B.A)

Muito embora saibamos o quanto uma pessoa tenha nos ferido e a interação relacional vivida não desperte o nosso melhor, muito pelo contrário, nos provoque o pior em nós, baixa autoestima, desgaste, humilhações, angústia, tristeza, raiva, etc., ainda assim, se não nos atentarmos, ficaremos fixados em tudo aquilo que tanto desejamos, gostaríamos e alimentamos como expectativas durante e pela a relação.

Enquanto não compreendermos que uma coisa são nossos desejos com uma pessoa e outra é a possibilidade de ela compartilhar e realiza-los conosco, colocaremos tudo no mesmo balaio e padeceremos por isso, obcecados por falsas esperanças de mudanças e percepções distorcidas que em grande parte, só contribuirão para paralisar a fluidez da nossa vida.

Imagem por Ava Sol

Será a quarentena que leva à carência afetiva? Ficamos menos seletivos? Ou é apenas desejo físico? (R.C)

A pandemia nos obrigou ao confinamento, fazendo com que fiquemos distantes fisicamente de muitas pessoas queridas e claro, de possíveis abordagens e encontros com parceiros em potencial. Somos seres humanos e sim! Com as interações sociais limitadas e isolados, nos sentimos naturalmente mais carentes e temos inclusive, um agravo de muitos outros sintomas já pré-existentes que nesse momento, se afloram ainda mais, tais como a ansiedade e depressão.

Tudo isso pode contribuir para que sejamos mais vulneráveis a recaídas e fiquemos menos seletivos com quem falamos ou até nos permitimos algum outro tipo de aproximação. A dificuldade de estar sozinho ou sozinha, a necessidade de preencher vazios, a vontade de se relacionar, a falta do contato físico e o desejo sexual ainda mais acentuado com todo esse cenário, favorece interações menos ponderadas, impulsivas e consequententemente, um bom número de ressacas morais posteriores a esses encontros virtuais ou não.

Imagem por Juli Kosolapova

Tenho receio de me entregar de verdade numa nova relação e sair machucada novamente ou até mesmo, ser a pessoa que compara relacionamentos e não se entrega à possibilidade de ser feliz, como posso trabalhar isso? (G.)

Quando saímos de alguns relacionamentos difíceis, dolorosos e até traumatizantes, podemos manter essa ferida íntima inflamada um bom tempo. Ficamos como gato escaldado, temos receio de viver novamente a situação que tanto nos prejudicou e nos provocou sentimentos amargos e temos a tendência de associar relacionamento com algo negativo e qualquer aproximação com uma experiência ameaçadora.

Se você nos enviou essa mensagem, é porque já entendeu a importância e quer trabalhar isso, o que é o primeiro passo essencial para a elaboração de histórias mal resolvidas da sua vida.

Coloque algo na sua cabeça: Recomeçar é lindo! Você nunca recomeça do zero, você parte de um legado imenso de experiências e aprendizados, você não é a mesma pessoa que se relacionou com aquela pessoa no passado, você é alguém mais vivida, mais sábia e conhecedora de si e do que quer e não quer na sua vida. O desafio está em estar atenta para não repetir padrões relacionais e cair na mesma dinâmica do passado.

Imagem por Nikola Jovanovic

Nenhuma interação será igual a outra, cada pessoa provoca algo singular na gente e essa química do casal é única! Tenha para si que relacionamento é escolha e não condição, se decidir por essa experiência, use cada lição e aprendizado que tenha dentro de si e se vale a pena e estiver gostoso, te fazendo bem, se entregue… A gente nunca perde por amar! A vida fica mais colorida quando o amor é compartilhado com reciprocidade e verdade.

Para a Pamela, seus sentimentos são a sua história.

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Três perguntas são selecionadas a respondidas a cada quinzena

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Pamela Magalhães é Psicóloga, Especialista Clínica e Terapeuta de Casal e Família.
Bastante influente nas mídias em geral, ficou conhecida como Especialista em Relacionamentos pelos seus quadros no Programa Mulheres da Tv Gazeta e Tribuna Independente da Emissora Rede Vida e movimenta uma rede de seguidores de mais de 630K nas redes sociais em especial no instragram como @psipamela
Além de comentarista de comportamento e Psicóloga Clínica, realiza palestras em todo Brasil e comanda o podcast Coração Peludo na plataforma da Jovem Pan. CRP:06/88376

Imagem destacada da Publicação:
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