Cidades Inteligentes: Segundo painel do Summit Tembici discute a importância dos dados para um novo, e melhor, normal
Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, metade das viagens de carro são de até 5km e estão em locais com as melhores infraestruturas de transporte coletivos
Na última semana, a Tembici – líder em micromobilidade na América Latina, responsável por operar o sistema Bike Itaú, patrocinado pelo Itaú Unibanco – deu a largada na segunda edição do Summit Tembici, reforçando os fomentos do Mês da Mobilidade. Este ano, seguindo as normas de condutas de distanciamento social, a empresa preparou o evento 100% online pelo canal no YouTube. No último dia 15 deste mês aconteceu o segundo painel, que trouxe o tema “Cidades Inteligentes: Como os dados podem colaborar na retomada a um novo, e melhor, normal”.
A discussão teve intermédio da Loren Monteiro, CPO & CMO da Tembici e contou com os convidados Wilson Rodrigues, Strategic Partner Manager no Google, John Graham, Principal Transport Specialist na International Finance Corporation (IFC), Daniel Guth, Diretor Executivo da Aliança Bike, Adauto Braz, Coordenador de Analytics e Data Science na Tembici e Mariana Novaski, Consultora e Pesquisadora em Planejamento de Transportes.
Logo no início, quando questionados como cada um enxerga o papel dos dados na mudança de hábitos da locomoção nas cidades Wilson Rodrigues comentou sua percepção diante do assunto. “Pensando no contexto do Google Maps, os dados são fundamentais para produzir informações que ajudam na tomada de decisão clara aos usuários. A missão do Google é organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis. Para nós, poder trabalhar os dados de mobilidade de forma que permita que os usuários optem pela rota mais ideal, por exemplo, é muito importante”. Rodrigues aproveitou para defender a importância extremamente benéfica da parceria com o poder público para os projetos na mobilidade para a criação de cidades mais inteligentes.
Daniel Guth levantou a reflexão que a pandemia trouxe um novo olhar para a mobilidade ativa, que fez com que as pessoas buscassem muito rapidamente a bicicleta como opção viária. Guth exemplificou com uma tese para falar como acredita ser a construção de dados no “novo normal” em relação às bicicletas. “Fiz um levantamento sobre teses de mestrados e doutorados referentes à mobilidade e vi que há um acúmulo de prevalência das áreas de engenharias, que pesquisam a mobilidade urbana, mas desde o ano passado já vemos as ciências sociais aplicadas superando as engenharias, o que mostra que cada vez mais há outros olhares fundamentais sobre a mobilidade urbana”, conta o Diretor Executivo da Aliança Bike.
Com a oportunidade deixada na fala de Daniel, Loren cita o relatório sobre investimento para cidades sustentáveis, divulgado pelo IFC e pede para John falar sobre o que é necessário para impulsionar os investimentos no setor. “Se não usarmos modelos baseados nos dados, não teremos recursos financeiros para atender a todas as necessidades que o planeta vai pedir, falando em sustentabilidade. Olhamos para os projetos urbanos com perspectiva de ecossistema e eles não funcionam isoladamente. Os governos não possuem recursos suficientes para implementar programas de infraestrutura baseados em dados. A pesquisa de dados é fundamental para a nossa tomada decisão”, reflete Graham, Especialista em Transporte do IFC.
Com otimismo, Adauto diz que a adaptação é constante para a área de dados. “Como nunca antes, tivemos a oportunidade de mudar de um dia para o outro, tudo que vivíamos antes precisou ser adaptado. O novo “normal” está em construção dinâmica e a única maneira de entender essas mudanças e tomar decisões certeiras que vão impactar a mobilidade no pós-pandemia é com a construção dos dados, com base comportamental”, afirma o cientista de dados da Tembici.
Para Mariana Novaski, o cenário do futuro da mobilidade estará profundamente vinculado ao impacto que a pandemia vai gerar nos eixos educação, comércio e trabalho. “Cada lugar tem uma característica particular, demandas e ofertas, esse é o primeiro passo antes de iniciar o trabalho dos dados e sugerir a migração modal. Questões de custo pesam nas tomadas de decisões em famílias com menor renda, mas também é muito forte o perfil de conforto e hábito, nos resultados que analisamos. Ainda temos uma lacuna para entender comportamento. Falta entender como convencer pessoas que não estão convertidas, para dar um passo adiante”, fomenta a Consultora e Pesquisadora em Planejamento de Transportes.
No fim do evento, ao serem perguntados pelo público sobre qual dado acham que poucas pessoas conhecem e se surpreendem ao saber, Daniel cita informação da Pesquisa Origem e Destino. “Na região metropolitana de São Paulo, metade das viagens de carro são de até 5km e estão em locais com as melhores infraestruturas de transporte coletivos. O que abre para uma pergunta-chave na análise de dados: qual o motivo dessas pessoas que estão nas melhores infraestruturas optarem por viagens de carros?” finaliza Guth com questionamento conveniente para reflexão e, claro, pesquisa.
Assista aqui a Live completa:
Temas atuais: o impacto da bicicleta no futuro da mobilidade
O mundo começa a viver o período de construção do novo normal e a segunda edição do Summit Tembici vem para fomentar possibilidades de construir cidades mais humanas e sustentáveis. Os painéis e entrevistas, que ocorrerão nas próximas terças do mês de Setembro, contarão com nomes de altíssima relevância diante dos assuntos que serão abordados, garantindo a qualidade do evento.
Para acompanhar os convidados que ainda serão divulgados e as entrevistas e painéis, que serão abertas para perguntas do público, basta acessar a página do evento e se inscrever gratuitamente. O próximo painel acontece no dia 22, com o tema “Mobilidade: responsabilidade individual, coletiva e corporativa para o meio ambiente”.
A Tembici é a empresa líder de micromobilidade na América Latina, responsável por mais de 50 milhões de deslocamentos com bicicletas nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e Porto Alegre, além de Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina.
Considerada uma das startups mais promissoras e inovadoras do país, pela lista das 100 Startups to Watch (2020), ao longo dos últimos anos a empresa acompanhou o aquecimento do setor de micromobilidade no mundo e, devido ao seu modelo de negócio e qualidade do produto, registra crescimento sólido e contribui diretamente para consolidar a bicicleta como um modal de transporte nas cidades em que atua.
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