Casa que pertenceu a Marquesa de Santos hoje é um Museu que deve ser visitado no centro histórico da cidade
Pertinho do Pateo do Colégio há um tesouro histórico pouco conhecido e visitado, o Solar da Marquesa de Santos. Localizado na Rua Roberto Simonsen, 136, o Solar é um raro exemplar de residência urbana do século XVIII. Sua origem estaria na junção de duas casas de taipa de pilão que teriam sido unidas, entre 1739 e 1754, dando vida ao Solar.
Adquirido por Domitila de Castro Canto e Melo, o Solar foi local de festas e passou a ser conhecido como Palacete do Carmo, uma das residências mais aristocráticas de São Paulo. Amante de d. Pedro I, Domitila mudou-se para a corte carioca onde viveu por sete anos. Recebeu o título de Marquesa de Santos das mãos do Imperador d. Pedro I. Do relacionamento com o Imperador ela teve cinco filhos, sendo que apenas duas meninas sobreviveram: Isabel Maria (Duquesa de Goiás) e Maria Isabel (Condessa de Iguaçu). Banida da corte em 1829, Domitila retorna para seu Solar em São Paulo.
Ela foi a proprietária do imóvel até 1867, ano de sua morte. Então a casa passou para o seu filho, o Comendador Felício Pinto de Mendonça e Castro. Em 1880, o solar é colocado em hasta pública e arrematada pela Mitra Diocesana instalando ali o Palácio Episcopal. Algumas modificações foram feitas como, por exemplo, a construção de uma capela e de uma cripta sob o altar-mor.
A The São Paulo Gaz Company – antiga Companhia Paulista de Gás -, adquiriu o imóvel em 1909 e instalou o seu escritório no local. Por conta disso, paredes de taipa de pilão foram demolidas, janelas e portas retiradas e transformadas em vitrines. Somente na década de 30 o Solar recebeu anexos à edificação original, aumentando sua área útil e alterando por completo a fachada posterior do imóvel.
Com a desapropriação, em 1967, a Prefeitura da capital paulista incorporou o Solar ao patrimônio municipal e ele foi sede da Secretaria Municipal de Cultura e alguns de seus departamentos como o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH). A descaraterização do imóvel é resultado de diferentes usos e adaptações sucessivas, o que exigiu sua recuperação a partir de 1991.
As pesquisas que embasaram o projeto e as obras de restauração, revelaram que não era possível reconstituir qualquer estágio de construção dentre os vários pelos quais passou o Solar. Assim, o restauro procurou preservar e destacar elementos de suas várias etapas construtivas, tais como a conservação dos amplos ambientes do andar térreo, resultantes das diversas demolições, a preservação no pátio interno de vestígios remanescentes da calcada do século XVIII e a demolição de intervenção da década de 1960.
Seu pavimento superior conserva até hoje paredes de taipa de pilão e pau-a-pique do século XVIII e mantem as características ambientais das intervenções do século XIX, tais como forros apainelados, pinturas murais e artísticas e pisos assoalhados, entre outros.
Hoje em dia, o Solar da Marquesa de Santos abriga atividades museológicas e é sede do Museu da Cidade de São Paulo. Você anda encontrará reproduções de cartas entre Domitila e d. Pedro I.
Não deixe de visitar esse lugar histórico e incrível no centro de São Paulo. A entrada é gratuita e você pode aproveitar e passar no Pateo do Colégio para conhecer o local em que São Paulo foi fundada.
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1 Comment
Historia do Brasil…. nada melhor pra nossa cultura caipira e metropolitana!!! Saber sobte nossas coisa e nossso modo de viver antigamente e muito restsurador …preservemos nossaHISTORIA.