Por Bárbara Bora
Quantas vezes não ouvimos dizer que ter aquele frio na barriga é bom? A tal da borboleta no estômago.
Mas isso nada mais é que o medo do novo, a ansiedade pelo que está por vir. E o mais engraçado é que esse friozinho vem tanto para o medo que é bom quanto para o medo que nos paralisa.
Talvez o ponto seja percebermos esse medo e sabê-lo distinguir do bom e o medo ruim.
Mas esse artigo, definitivamente, não é para falar sobre como diferenciar o medo! Quero falar com você sobre o quanto o medo por te paralisar ou te empurrar para o seu objetivo.
Esses dias estava conversando com uma pessoa super capacitada, com várias especializações, disposição e condições de fazer tantas outras, mas ela estava congelada, simplesmente, parada porque sempre que pensa em fazer alguma coisa nova relacionado ao seu trabalho cria tantos “E se” na sua cabeça que não consegue realizar aquilo que se propõe, aquilo pelo qual investe tanto tempo e dinheiro. Antes mesmo de começar um novo projeto, ela trava nas objeções, mesmo que não existam.
Ela tem medo de não dar certo, medo de não conseguir fazer, mesmo tendo todas as ferramentas possíveis para isso, medo de não saber falar sobre o projeto, ela tem medo do que ainda não aconteceu. Ela só tem medo!
Para ela, a borboleta no estômago causava tanto medo que a fez quase desistir dos seus projetos, quase que engavetá-los, quase questionar suas habilidades a ponto de não querer mais atuar naquela área com aquele tipo de negócio que ajudaria tantas pessoas.
Quantas vezes não ficamos no quase? Quantas e quantas vezes não paralisamos nossos sonhos pelo quase? Isso porque o medo congela.
O fato é que temos reações diferentes para as situações. Cada pessoa age de uma forma mesmo que estando no mesmo cenário.
E é sobre o outro lado do medo que quero falar agora. O medo que paralisa é o mesmo que te empurra, que te joga em novos projetos, em novas aventuras e te proporciona novas experiências.
Sou a pessoa que leva um empurrão do medo, aquela que pensa “se não ser certo, o que pode acontecer?”, que o lema é “se der medo, vai com medo mesmo”.
Diversas vezes sinto o medo quando decido começar algo novo, quando decido fazer alguma coisa que não estava acostumada ou que sempre me gerou algum receio, mas decidi que vou enfrentá-lo, que vou encarar essas borboletas, sentir a adrenalina correr na veia, ter aquela sensação das pernas bambeando, mas que vou cumprir o desafio, porque a sensação que vem depois é incrível. A sensação de saber que consegui é impagável.
Claro que já tive a sensação de não conseguir, mas olhei novamente para tudo o que aconteceu e tentei de novo.
A não ser que você decida pular de paraquedas em queda livre, o que não é meu caso porque esse medo sim me paralisa a ponto de não conseguir respirar, ou algum desafio mais perigoso, ousar nos seus projetos profissionais e pessoais vale a pena o medo, vale a pena arriscar, vale a pensa tentar afinal você tem condições e capacidade para isso.
E não esqueça, se der medo vai com medo mesmo, só não deixar ele te paralisar!
Bárbara Bora é bacharel em Secretariado Executivo Trilíngue e também tecnóloga em Eventos, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Pós-graduada em Docência para Ensino Superior. Atua desde 2020 como Secretária Executiva Remota na Sua Secretária Executiva e tem orientado e guiado diversos profissionais de secretariado na transição para a área remota através da consultoria “Destrave sua Carreira”.
Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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