Etarismo

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Por Walkiria Almeida, Neusa Arneiro e Eneida Mastropasqua

Etarismo significa o preconceito de idade e pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas o maior preconceito é com as pessoas mais velhas, principalmente no ambiente profissional, que são rotuladas de lentas, fracas, decadentes e senis.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que um em cada dois idosos no mundo são discriminados por causa da idade.

 “É um preconceito antigo que está em todo lugar, mas não prestamos muita atenção a ele, até que ele nos atinja. Até pouco tempo atrás, ele não tinha um nome conhecido, e sabemos que a primeira coisa para combater um preconceito é saber nomeá-lo” (Winandy, 2021)

Nos Estados Unidos o termo vem sendo discutido desde a década de 1960 em diversos contextos. Para ter uma idéia, em 1967, o Congresso Norte-Americano promulgou o “Age Discrimination in EmployementAct”, para proteger os trabalhadores com idade acima dos 40 anos, passo importante para o combate ao Etarismo.

A União Européia introduziu recentemente novas leis contra a discriminação etária no âmbito profissional.

No Brasil, os estudos sobre o Etarismo são recentes e Fran Winandy é pioneira na pesquisa e em trabalhos sobre este tema dentro das organizações. No livro, ‘Etarismo, um novo nome para um velho preconceito’, ela aborda em 14 capítulos o medo que as pessoas têm de envelhecer. A idade como barreira na vida profissional, na hora de conseguir um emprego ou uma promoção e até como justificativa para desligamentos.

Sabemos que o maior preconceito é contra a mulher no mercado de trabalho.  A mulher depois dos 50 anos sofre muito com o etarismo. Ela torna-se invisível!  Um exemplo: a mulher de cabelos brancos é vista como uma velha desleixada, ao contrário do homem grisalho, que é tratado com respeito!

No Brasil, a retenção das mulheres após 50 anos ainda é bem pequena e quando mantém seu emprego, têm salários bem menores que os homens.  Não precisamos de estatísticas para constatar essa realidade, é só olhar para as organizações que trabalhamos, quantas mulheres em cargos gerenciais, diretorias e/ou presidenciais?

O avanço da medicina associado ao aumento da qualidade de Vida fez com que a expectativa de vida aumentasse. Pesquisas mostram que em 1940 era de 46 anos e em 2020 de 76 anos.

Atualmente, a maioria das pessoas com 50 e 60 anos estão mais em boa forma física e intelectual do que as gerações anteriores. Podem realizar as mesmas tarefas que um jovem.

Para combater esse preconceito e aumentar nossa autoestima, devemos buscar relacionamentos saudáveis, fazer parcerias, falar sobre nossas deficiências, fazer cursos, pois isso nos tornará competitivos no mercado de trabalho e estaremos em evidência!

Outra forma de nos mantermos atualizados é consultar internet para buscar cursos, empregos e programas direcionados para o público 50+, incluindo novos jeitos de viver, estudar morar.

O esporte e nossa vida espiritual são vitais para mantermos nossa saúde física e mental.

O movimento contra o Etarismo nunca esteve tão em evidência no Brasil, inclusive é assunto de uma novela no horário nobre, trata-se de uma modelo de 50 anos lidando com o preconceito e o “prazo de validade” da carreira que escolheu.

Citaremos alguns exemplos de pessoas maduras que continuam em evidência fazendo sucesso e prestando serviço para sociedade:

Abilio Diniz, 85 anos – empresário ativo e tem uma plataforma de conteúdo sobre envelhecimento (Plenae)

Michelle Obama, 58 anos – lançou autobiografia, que entrou na lista dos Best Sellers.

Naomi Campbell, 51 anos – tornou-se mãe aos 50.

Madonna, 63 anos – continua fazendo sucesso.

A NEW Consultoria está estudando formas de contribuir para que as empresas possam se conscientizar sobre os malefícios do etarismo.

Vale ressaltar que hoje existem muitas empresas preocupadas com essa questão e criaram programas para pessoas acima de 50 e 60+ anos, como Sky, Accenture, Pepsico, Votorantim, Vivo etc.

Diga não ao etarismo! Nascemos para brilhar sempre!

Referências:

– Instituto da Longevidade MAG

– Livro “Etarismo, um novo nome para um velho preconceito” Fran Winandy, editora Adelante – 2021.

https://veja.abril.com.br/comportamento/idade-nao-e-documento-movimento-contra-etarismo-esta-em-evidencia/  (02/03/22) – edição 2778

 

Este artigo é um oferecimento de NEW Consultoria e Recolocação

New Recolocação Consultoria e Mentoria Especializada em Jobhunter & Headhunter
é composta por:

Walkiria Almeida é Mestre em Administração com concentração em Gestão Internacional pela ESPM- Escola Superior de Propaganda Marketing. Tem mais de 30 anos de experiência como Secretária Executiva de presidência e diretoria. É palestrante nacional e internacional, com destaque em sua participação no 1º Fórum Internacional de Secretariado, em Moçambique.  É membro do Comitê de Secretariado de Moçambique e Professora da FMU- Faculdades Metropolitanas Unidas, no Curso de Secretariado Executivo Trilíngue e recebeu em agosto de 2020 o prêmio “Excelência acadêmica FMU”

Neusa Arneiro é Secretária, pós-graduada, com experiência de mais de 30 anos na área de secretariado executivo, trabalhando em grandes empresas multinacionais, atendendo C-Levels (diretores, VPs, CEOs).

Eneida Mastropasqua é Executiva de Recursos Humanos, há mais de 20 anos em Gestão Estratégica de Pessoas/Negócios, em empresas nacionais e multinacionais. Docente, Consultora, Palestrante, Mentoria & Coaching.

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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