
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o transtorno alimentar faz parte da vida de cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Com a pandemia, é possível que este número tenha aumentado, já que um levantamento do International Journal of Eating Disorders indica um crescimento de 48% nas admissões hospitalares relacionadas a transtornos alimentares.
No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas – em torno de 5% da população – tenham algum tipo dessa doença, majoritariamente mulheres jovens entre 14 e 18 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Números preocupantes visto que a doença limita a qualidade de vida e bem-estar de quem sofre com os seus sintomas.
Muitos ainda não conhecem os sinais e sintomas do transtorno alimentar, por isso, acabam não o identificando. Pensando nisso, preparamos este texto para explicar os principais tipos, sintomas e consequências dos transtornos alimentares. Acompanhe este texto e descubra!

O que são transtornos alimentares?
Os transtornos alimentares podem ser descritos como doenças relacionadas aos hábitos irregulares de alimentação e preocupação excessiva com o peso e aparência do corpo.
Com isso, o indivíduo come demais ou deixa de se alimentar e, consequentemente, sofre com aumento ou perda de peso, mal-estar, desnutrição, baixa fonte calórica, entre outros danos à saúde.
Por isso, o tratamento requer acompanhamento médico, nutricional e psicológico, já que, muitas vezes, os transtornos surgem acompanhados de ansiedade e depressão.
Principais tipos de transtorno alimentar
A seguir, confira os três tipos mais comuns de transtorno alimentar!
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,6% da população mundial sofre de Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica. Nesses casos, as pessoas passam por episódios, normalmente uma vez por semana, de compulsão alimentar, ou seja, perdem o controle sobre a alimentação e comem em excesso, de forma rápida e mesmo sem apetite.
É comum que após isso, elas sintam culpa, angústia e tristeza e, até mesmo, comam escondidas durante os episódios. No entanto, nunca ocorrem comportamentos compensatórios como purgação – provocação de vômito – ou jejum.
Por conta disso, a pessoa pode desenvolver obesidade. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, cerca de 50% daqueles que têm esse transtorno são obesos, sendo que 15% atingem a obesidade nível III. Além disso, podem surgir problemas cardiovasculares e gastrointestinais. A longo prazo, pacientes podem enfrentar apneia do sono, diabete e hipertensão.

Anorexia Nervosa
Em casos de anorexia nervosa há um medo constante e excessivo de ganhar peso, além de um distúrbio de imagem, em que o indivíduo não se enxerga de forma irreal. Por isso, quem sofre com a doença se alimenta bem menos do que o ideal, muitas vezes, enfrentando desnutrição devido à baixa fonte calórica.
Como consequência disso, podem ocorrer desmaios, desidratação, perda muscular, fadiga, assim como problemas mais graves, por exemplo, anemia, insuficiência cardíaca e renal. Dependendo do caso, é necessário iniciar a nutrição enteral, ou seja, alimentação por sonda para que o paciente volte a recuperar peso e receba os nutrientes essenciais.
Bulimia Nervosa
As pessoas que sofrem de bulimia nervosa passam por episódios de compulsão alimentar e, em seguida, têm comportamentos compensatórios, como purgação, uso de laxantes ou prática excessiva de exercícios físicos. Com isso, surgem problemas gastrointestinais, arritmia cardíaca, desidratação, desnutrição e, até mesmo, cáries.
Diante de todas essas consequências, fica evidente a necessidade de cuidado e suporte às pessoas que sofrem com os transtornos alimentares. É fundamental que elas tenham consciência do diagnóstico e sigam com acompanhamento médico e psicológico, além de auxílio das pessoas mais próximas.
Em caso de dúvidas sobre os sintomas e suspeita de diagnóstico, sempre recorra a um profissional de saúde.
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