João, Maria e o empreendedor

No empreendedorismo, a colaboração e o trabalho em equipe são fundamentais para o sucesso de um negócio

Ilustração para o "Hänsel und Gretel" (no Brasil, conhecido como JOão e Maria), publicada originalmente em 1812, conto de fadas de tradição oral e que fora compilado pelos irmãos Grimm

Por Juleni G. Rey

Bom dia, bom dia, Joãozinho e Maria!

– Bom dia Sr. Seu bem te vi! Bichinhos da mata, ajudem a gente, queremos brincar, e bom trabalhar.

Quem aqui conhece a história de João e Maria?

João e Maria são empreendedores natos (embora ainda não tenham descoberto isso) e aprendemos muito ao observá-los.

Juleni, você não está aqui para falar sobre finanças? O que isso tem a ver com dinheiro? Tudo.

Percebemos na fala dos personagens que estão animados, felizes, correto? Mas tem algo errado que poucos percebem.

A seguir vem a frase determinante desta situação: ao falar com os animais eles se comportam como inexperientes focando na brincadeira e não no trabalho, embora admitam que é bom.

Por causa disso, por olhar para a casa de doces, caíram em uma armadilha e teriam sucumbido nela, não fosse a chama empreendedora que havia neles…

Ninguém começa algo sabendo tudo, mas precisa ter foco!

Ao perceber a arapuca em que caíram, apesar do susto e ao se deparar com a casa da bruxa, ao invés de chorar e reclamar da vida e ficarem paralisados pelo medo, eles encontraram uma maneira de superar a situação, demonstrando habilidades empreendedoras como pensamento estratégico, resolução de problemas e coragem.

Além disso, também mostraram capacidade de trabalho em equipe onde eles se unem para traçar um plano e executá-lo.

No empreendedorismo, a colaboração e o trabalho em equipe são fundamentais para o sucesso de um negócio. Eles trabalharam para vencer aquela adversidade e foi aí que entenderam que a vida só se vence com propósito.

A persistência é outra característica que observamos nos dois irmãos.

Na caminhada, muitos acontecimentos e pessoas de má índole, vão rodear quem está empreendendo e cabe a nós dizer não e seguir no nosso objetivo, mesmo que a proposta seja “aparentemente” boa e tentadora. Na estória, eles deram de frente com a casa da bruxa, feita de doces.

Não se pode depender do outro o tempo todo! E no mundo de hoje quem nos ajuda, via de regra, espera algo em troca.

Desta forma, João e Maria deixaram de ser inexperientes e tornaram-se empreendedores com objetivo.

Dentre todas as atribuições de um empresário, está o cuidado com o dinheiro do seu negócio! Disso depende o crescimento da empresa e como consequência a realização de seu sonho.

Pode ser que você queira fazer sozinho ou pretenda terceirizar este serviço, mas até para poder cobrar de seu parceiro precisa saber como se faz e acredite, é simples; não necessariamente prazeroso, mas prioritário.

Vamos falar sobre isso ainda nesta matéria.

Você que já nos acompanha, aprendeu anteriormente que não se pode misturar o dinheiro da empresa com o seu pessoal.

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Imagem de jcomp no Freepik

Agora, precisa definir antes de qualquer coisa seu pró-labore.

O que é isso Juleni? Quem trabalha para outra pessoa, recebe salário, mas quem tem seu negócio, sabe que vem da empresa o seu ganha pão; e este ganha pão tem o nome de pró-labore.

Agora você me pergunta: E como eu faço isso?

Existe várias formas de chegar a este valor, mas vamos colocar aqui de forma simples, considerando um empreendedor que ainda está no começo de seu negócio.

Se já é um empreendedor a algum tempo

Pegue o valor mais baixo de entrada que teve nos últimos 12 meses e eleja como seu pró-labore.

Se está começando agora

Faça uma lista de todos os gastos que você tem para poder determinar quanto precisa para sobreviver.

Por exemplo: água, luz, telefone, escola das crianças, supermercado e tudo que tem de gasto por mês. Suponha que a soma de tudo tenha resultado no valor de R$1.500,00. Neste caso, determine um valor acima deste, que não seja absurdo, e seja coerente com a realidade de seu negócio para retirar todos os meses.

Vamos supor, no caso acima descrito, que foi determinado o valor de R$ 2.000,00 para seu pró-labore.

Caso o seu negócio ainda não esteja suprindo todas as suas despesas básicas, das duas uma:

  1. a) Você corta despesas pessoais e adequa seu padrão de vida;
  2. b) Encontra uma maneira de aumentar a receita (o montante de dinheiro que entra).

Lembre-se de que este vai ser o dinheiro com que você vai viver durante todo o mês. Saiba administrá-lo, porque assim como o assalariado você não poderá retirar mais nada até o mês seguinte.

Ah, mas se meu suprimento acabar eu não posso tirar do dinheiro da empresa? Afinal ela é minha, não é?

Não, não pode! A empresa não é um caixa 24 horas e se tirar de seu caixa, vai faltar no mês seguinte e aí vira uma bola de neve que certamente vai levar à falência do seu negócio.

Convido você a parar agora e definir seu pró-labore.

Este é um dado fundamental e vai lhe nortear no caminho a seguir.

Imagem por Khunkorn em Canva Fotos

Dica de ouro para começar a controlar o dinheiro de sua empresa

O segredo está em reservar pelo menos 15 minutos todos os dias para cuidar do seu financeiro (registrar absolutamente tudo que entra e que sai no seu negócio). Coloque esta atividade na sua rotina de trabalho e estabeleça um horário fixo para ela. Desta forma, não acumulará lançamentos e você vai saber exatamente como, quando e onde está seu suado dinheirinho.

Com esta clareza, poderá tomar as melhores decisões de o que fazer para o futuro de sua empresa ser próspero e sadio.

Juleni G. Rey é administradora e oferece BPO financeiro. Saiba mais em:

https://giulianoreyav.wixsite.com/bpofinanceiro

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