A tatuagem como uma expressão artística

Antes marginalizados, os desenhos feitos no corpo são tratados como arte atualmente e têm até eventos próprios

Um dos trabalhos de Jeck Tattoo

Segundo historiadores, até a década de 1960 a tatuagem costumava permanecer oculta ou disfarçada, sob a roupa. A partir dos anos 1970, isso começou a mudar, quando várias culturas urbanas como roqueiros, punks, hippies e surfistas adotaram figuras e desenhos como símbolos de rebeldia. Hoje os estúdios de tatuagem são regulamentados, há tatuados presentes em todas as classes sociais e os desenhos, antes marginalizados, agora são tratados como arte. 

Pesquisa do instituto alemão Dalia indica que o Brasil ocupa hoje a nona posição entre as nações onde mais pessoas se tatuam, mais de 30% dos brasileiros são tatuados e 75% têm mais de uma tatuagem. “A tatuagem é sim muito democrática. Não há mais restrições quanto ao público que a aprecia. Como uma forma de expressão corporal, ela se difundiu no imaginário de toda a população”, destaca o tatuador Jeconias Galdino, conhecido como Jeck Tattoo e que atua mais com o estilo realismo/ilustração.

Jeck participará do Goiás Tattoo Festival, que será entre os dias 5 e 7 de abril, em Goiânia

Ele atua na área há 15 anos e atualmente seu estúdio de tatuagem fica no Órion Complex, em Goiânia. O profissional destaca a evolução da tatuagem ao longo dos anos. “Viemos de um submundo que sofreu muito para conseguir vir à tona. Preconceitos e subjugação foram por muito tempo uma marca de nossa profissão. Com a popularização de nossas artes, cada vez mais estamos sendo notados e admirados. Creio que a tatuagem é sim, vista como uma arte. Porém, depende muito de quem a observa ou analisa sua relevância”.

Jeck salienta os dois lados da moeda. “Muitas pessoas ainda têm esse receio de exceder o que a sociedade permite. Vivemos sob um olhar que nos julga e nos limita até hoje. Principalmente para pessoas que vem de uma família tradicional ou por alguma restrição do público que atende. Ainda há muito preconceito, mas já melhoramos muito”, afirma ele, ressaltando também um outro lado que os tatuadores passaram a ter. “Acho que nossa profissão ganhou muita notoriedade e vem a cada dia sendo desejada como um status ou um lifestyle. Porém, a verdade é que atrás de todo glamour existe muito trabalho duro”.

Jeck Tattoo atua na área há 15 anos e atualmente seu estúdio de tatuagem fica no Órion Complex, em Goiânia

Eventos
Uma prova da marca de expressão e importância que a tatuagem tem nos dias atuais são os vários eventos que giram em torno dela. “Com certeza é um local de muita interação, de muito aprendizado e de muita relevância entre cada um que se submete a participar da competição entre os estilos e artistas. Já participei de várias convenções, fui premiado em algumas e já participei apenas por participar, sem competir por nada. Também estive presente em uma das melhores convenções do mundo, a London Tattoo Convention”, conta Jeck. 

O próximo evento que ele vai participar é o Goiás Tattoo Festival, entre os dias 5 e 7 de abril, e que acontecerá em Goiânia. “Será minha primeira participação como expositor nesse evento em particular. Para nós é sempre uma tarefa à parte, pois tentamos montar no pequeno espaço que usaremos no evento uma extensão de nosso ambiente de trabalho. A conciliação e o equilíbrio entre dar atenção ao público e focar na qualidade de um trabalho que será apresentado aos jurados é a chave de tudo”, ressalta o tatuador.

Tatuador Jeconias Galdino, conhecido como Jeck Tattoo, ressalta que atualmente a tatuagem é vista uma forma de expressão corporal

Colaboração da pauta:

Comunicação sem Fronteiras

Dayse Luan | [email protected]

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