A make-up do seu piso!

Dolce in Design

Paulo Di Mello

Você sabia que existe maquiagem para seu piso?

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Você sabia que existe maquiagem para seu piso?

Não importa se ele está novo, seja de madeira, porcelanato, cimento queimado, vinílico, laminado ou simplesmente rustico desgastado pelo tempo.

Assim como as mulheres usam a maquiagem para realçar e aprimorar a beleza, cobrir imperfeições ou gerar uma proposta conceitual, também pode acontecer com seu piso através do tapete.

Para entendermos melhor, vamos voltar lá com sua criação que começa com os nômades da antiguidade que teciam seus tapetes para se protegem do frio, o que não é o nosso caso hoje, com padrões simples feitos com lã de camelo ou ovelha, com desenhos simples inspirados nas formas geométricas.

Mais tarde, os egípcios começaram a tecer seus tapetes com linho, algodão e também lã, só que utilizando desenhos de animais, plantas e figuras humanas.

Contudo, a civilização que ficou mais famosa em sua produção de tapetes até os dias de hoje foram os persas, que criaram desenhos mais complexos com flores, imagens de animais e cenas históricas, além de aperfeiçoarem sua técnica com a utilização da lã e da seda para tecerem seus tapetes. E hoje temos o Oriente Médio, a Asia Central e a Turquia, famosos centros por terem tapetes de alta durabilidade.

Como a maquiagem, o tapete é a make-up do seu piso que será responsável em transmitir a beleza dele na decoração, não importando qual seja ele, além de ajudar a cobrir imperfeições daquilo que você não quer ver ao caminhar em qualquer ambiente de sua casa, com a vantagem de poder remover a hora que quiser.

Hoje contamos com tapetes para todos os ambientes, incluindo até para áreas externas, feitos em pet reciclável, fazendo parte do conceito atual de sustentabilidade como os tradicionais, super conhecido Killin, o Farsh e também o Qālicheh.

E para você que não sabe, essa make-up não se restringe apenas ao seu piso!

Não tão usual aqui no Brasil, também podemos utilizar nas paredes do ambiente que pretende decorar, conhecidos como Wall Hangings, em tamanhos menores, dando um ar mais sofisticado e de conforto ao espaço.

Sempre que posso compartilho nesta coluna minhas experiências profissionais, sejam através de minhas obras ou de alguma loja que eu tenho visitado a trabalho.

Esta semana estive na Botteeh Tapete, Handmade Rugs, que eu já conhecia a quase dez anos e que está de cara nova, a qual me surpreendeu com seu novo conceito de diversidade e sustentabilidade, mostrando novos produtos feitos a mão vindos da Índia, Paquistão, Tibet, Irã e Nepal, além de alguns tapetes assinados por designers como da querida Juliana Vasconcellos, com a qual tive o privilégio de participar em uma Mostra de Decoração juntos. Além dela, contam com outras peças assinadas por outros designers.

A loja oferece também o serviço de lavagem e restauro, mesmo para produtos que não são da marca, contando com quatro pavimentos com um moderno projeto arquitetônico na Alameda Gabriel Monteiro da Silva que, além de ter ficado a cara da marca, conta com um rooftop para aquele cafezinho com uma vista maravilhosa, enquanto faz suas compras.

Hoje discorri um pouco sobre uma das make-up que você pode fazer em sua casa e naquele ambiente onde o piso está precisando de um realce a mais.

Como diz um proverbio árabe “Limpa tua casa, pois não sabes quem baterá à tua porta; lava teu rosto, pois não sabes quem o beijará”

See you soon!

Imagens e vídeos cedidos por Paulo Di Mello 

Paulo Di Mello é designer e arquiteto de interiores com trabalhos reconhecidos no Brasil e exterior e destaque em publicações como “Revista CasaCor“, “Revista Decorar”, “Portilato USA” e “Miami Beach Interior Design”.

Busca agregar em seus trabalhos a identidade de seus clientes, criando trabalhos personalizados. Tem especialização em projetos voltados para a inclusão social, em especial para estabelecimentos comerciais, o que lhe permite emitir um selo de acessibilidade.

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