Hoje empresto meu espaço na Tripdicas Dolce para este texto empolgante de minha convidada.
Por Grazziela Bertoni
Viajar para Nova York é uma experiência enriquecedora em todos os sentidos. Conhecida como a “cidade que nunca dorme”, ela oferece uma mistura vibrante de culturas, idiomas e histórias. Caminhar pelas ruas de Manhattan é como estar em um cenário de filme, com marcos icônicos como a Times Square, a Estátua da Liberdade e o Central Park.
Além disso, a cidade é um verdadeiro caldeirão cultural, com museus renomados como o MoMA e o MET, espetáculos incríveis da Broadway e uma culinária que vai do street food aos restaurantes estrelados. Cada esquina conta uma história e cada encontro pode trazer uma nova perspectiva. É impossível voltar de Nova York sem levar consigo memórias e aprendizados únicos.
Cerca de um mês atrás, estava organizando meus itens em minhas malas sem saber o que encontraria. A única certeza que eu tinha era que eu iria para os Estados Unidos, para passar as festas com familiares que moram em Knoxville, no Tenneessee. Com uma passagem e o passaporte em mãos, embarquei pra uma aventura desconhecida. Não havia conhecido nada no país além do Texas, mais precisamente, Dallas – para onde viajei em 2023 a lazer.
Quando cheguei em Knoxville, me vi de frente com uma cidade completamente americana, totalmente enraizada na cultura do país e confesso que me surpreendi já que Dallas – único ponto que eu conhecia por lá – era uma cidade grande. Agora eu estava mergulhando inteiramente em uma parte interiorana da América do Norte.
Knoxville por si só é uma charmosa cidade conhecida por sua combinação de história, cultura e belezas naturais. Situada às margens do rio Tennessee, ela é uma das portas de entrada para o Parque Nacional Great Smoky Mountains, uma das atrações mais visitadas do país. A cidade tem um clima acolhedor e uma rica herança cultural. As vizinhanças são bem familiares e te remetem aos filmes de Natal que assistíamos quando éramos crianças. Todas decoradas, com luzes e bonecos e bem espaçadas entre uma e outra.
A temperatura em Knoxville estava bem baixa. Nos primeiros dias, pegamos de 2 a 4 graus abaixo de zero mas no final da viagem, fez -7 graus e pudemos ver a neve em sua totalidade. Além de ser um lugar extremamente agradável, Knoxville também é um polo universitário, abrigando a Universidade do Tennessee, cuja equipe de futebol americano, os Volunteers, é uma grande paixão local. Além disso, a cidade tem uma cena artística vibrante, com festivais, galerias e o Tennessee Theatre, um marco arquitetônico que recebe shows e performances.
Ficamos 13 dias no Tenneessee, e depois embarcamos para Nova York – para conhecer a cidade e passar 5 dias. Estar em Nova York pode ser uma experiência intimidadora, especialmente para quem a visita pela primeira vez. A cidade é gigantesca e movimentada, com multidões apressadas e um ritmo frenético que pode fazer qualquer um se sentir perdido. Os arranha-céus imponentes e as ruas sempre cheias podem ser avassaladores, principalmente quando você tenta se orientar em meio ao trânsito caótico e à complexa rede de metrôs.
Além disso, a diversidade cultural é tão rica que, para quem não está acostumado, pode ser um desafio navegar pelas diferentes línguas, estilos de vida e dinâmicas sociais que coexistem ali. A energia incessante da cidade, que nunca para, pode ser cansativa, especialmente para quem prefere ambientes mais calmos.
Mesmo assim, essa intensidade faz parte do charme de Nova York. É uma cidade que exige adaptação, mas, ao mesmo tempo, recompensa aqueles que se abrem para o seu caos fascinante. Confesso que à primeira vista, fiquei assustada e senti que Nova York era uma grande São Paulo, só que nos Estados Unidos. Porém, aos poucos, fui me abrindo e descobrindo as belezas do lugar.
Passeamos pelo Metropolitan Museum of Art e vimos sarcófagos, múmias e uma riqueza cultural nos objetos do Egito. O museu é grande, se você for viajar em grupo, o ideal é que sempre andem juntos e se programem com antecedência quais setores do museu gostariam de conhecer. Na entrada, eles dão um mapa que te auxilia a se localizar dentro do museu e saber onde fica cada parte do museu. Lá dentro também tem um restaurante que serve pizza, sushi, hambúrguer e outros alimentos por um preço razoável. Em termos de acessibilidade, o MET também não deixa a desejar – basta você pedir a um funcionário que eles disponibilizam cadeiras de rodas para as pessoas com dificuldade de locomoção.
Após uma manhã no museu, fomos conhecer o Central Park, que fica logo ali ao lado. No Central Park, é possível encontrar uma variedade de atrações, como o Belvedere Castle, o lago onde se pode andar de barco, o zoológico do parque e o Strawberry Fields, um memorial dedicado a John Lennon. Além disso, há vastas áreas gramadas, trilhas para caminhada, ciclovias e até pistas de patinação no gelo durante o inverno.
O parque é um ponto de encontro para moradores e turistas, ideal para relaxar, praticar esportes ou aproveitar eventos culturais. Sua beleza e diversidade tornam-no um símbolo de tranquilidade e conexão com a natureza em uma das cidades mais movimentadas do planeta.
Durante a caminhada por todo aquele espaço verde, uma coisa que me chamou a atenção foi que nos bancos de madeira do parque, estão impressas diversas mensagens diferentes em plaquinhas de metal. Algumas são de familiares lembrando um ente querido que gostava muito daquele local e outras eram declarações de amor. O Central Park também tem um parquinho para crianças, caso você esteja viajando em família. Vale a pena deixá-los se divertir por alguns minutos enquanto você explora as belezas do parque.
Depois de uma manhã e tarde cheias, de noite fomos conhecer a Times Square. Um dos locais mais vibrantes e icônicos de Nova York, conhecido como “A Encruzilhada do Mundo”. Localizado no cruzamento da Broadway com a 7ª Avenida, no coração de Manhattan, é famoso por seus luminosos painéis de LED, teatros da Broadway e energia inigualável. Esse ponto turístico atrai milhões de visitantes todos os anos, seja para assistir a espetáculos incríveis, fazer compras em lojas de renome mundial ou apenas sentir o dinamismo da área. Times Square também é o cenário do famoso Réveillon de Nova York, onde a icônica bola brilhante desce na contagem regressiva para o Ano Novo, um evento assistido por milhões de pessoas ao redor do mundo.
Além disso, a praça está repleta de restaurantes, artistas de rua e um ritmo que reflete a essência da cidade que nunca dorme. Lá, nós pudemos ver pessoas do mundo todo e aproveitamos para jantar em um restaurante chamado Bubba Gump – uma rede de restaurantes inspirada no filme clássico Forrest Gump (1994). A marca foi criada em 1996, dois anos após o lançamento do filme, em uma parceria entre a Paramount Pictures (produtora do filme) e a empresa de restaurantes Rusty Pelican. O restaurante é temático e traz referências diretas ao filme, como placas, frases famosas e objetos icônicos. O ambiente é descontraído e nostálgico.
Nos próximos dias em Nova York, fomos ver a Estátua da Liberdade (de longe, pois estava muito frio). Caso você deseje vê-la de pertinho, existe um ferry oficial que é operado pela Statue City Cruises e leva você diretamente para a Ilha da Liberdade (Liberty Island), onde está a estátua, e também para a Ilha Ellis (Ellis Island), famosa pelo museu da imigração. Atente-se a comprar os ingressos com antecedência, especialmente se for alta temporada. Também conhecemos a Grand Central Station, uma das estações de trem mais icônicas do mundo e uma joia da arquitetura. Inaugurada em 1913, ela não é apenas um hub de transporte, mas também um destino turístico, cultural e gastronômico. Mergulhamos também no mundo das lojas e livrarias de Nova York, com sua infinidade de produtos.
Depois, voltamos para o Tenneessee – onde é possível ver o contraste gritante com a imponente Nova York. Um é tranquilidade, o outro representa agitação. Visitamos uma cidade próxima chamada Gatlinburg, uma charmosa cidade montanhosa e uma das portas de entrada para o Great Smoky Mountains National Park, o parque nacional mais visitado dos Estados Unidos. É famosa por sua atmosfera acolhedora, vistas deslumbrantes das montanhas e uma ampla variedade de atrações para todas as idades. Gatlinburg lembra Campos do Jordão, e é um passeio que vale a pena fazer, principalmente se você estiver viajando em família.
A cidade é rodeada por paisagens deslumbrantes, com florestas densas, riachos cristalinos e uma rica biodiversidade. Ideal tanto para quem busca aventuras ao ar livre quanto para famílias que procuram diversão em atrações temáticas. Se você gosta de uma atmosfera descontraída, boas opções gastronômicas e acesso direto a uma das áreas naturais mais deslumbrantes dos EUA, Gatlinburg é uma ótima escolha para uma viagem memorável!
Essa viagem me marcou por vários motivos, e uma das coisas mais legais que eu pude presenciar é o quanto o cidadão do Tenneessee é caloroso e hospitaleiro. Fomos extremamente bem atendidos em todos os lugares que fomos. Se você deseja uma viagem especial, vá conhecer Knoxville, Gatlinburg e se puder, dê uma passada em Nova York, caso não conheça. Todas as cidades valem a pena a visita. Viajar por lá mudou minha vida de uma forma que eu nunca imaginei. Cada destino que conheci não foi apenas um lugar no mapa, mas uma oportunidade de me redescobrir. Caminhar por ruas desconhecidas, ouvir idiomas diferentes, provar sabores que eu nunca tinha experimentado… tudo isso me ensinou que o mundo é vasto e cheio de possibilidades.
Eu aprendi a sair da minha zona de conforto, a abraçar o novo e a valorizar o que parecia simples. Estar em lugares tão diferentes de casa me fez perceber que somos todos conectados, mesmo com culturas e histórias tão distintas.
Viajar me deu uma nova perspectiva de quem eu sou e do que eu quero para a minha vida. Foi um lembrete de que o mundo está cheio de beleza, esperando para ser explorada. Cada viagem não foi só uma experiência; foi uma parte de quem eu sou hoje.
Imagens e vídeo cedidos por Andrea Barros
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