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Você costuma apontar o dedo ou estender as mãos?

Imagem por waystudio em Freepik

A palavra empatia está muito em alta, mas o que vemos é cada vez mais pessoas apontando dedos ao invés de estenderem as mãos

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do Portal. Sua publicação é no sentido de informar e, quando o caso, estimular o debate de questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Por Mariah Morais

Passar sozinho por uma situação difícil, como uma separação dolorosa ou um divórcio, exige muito equilíbrio. Depende daquela famosa inteligência emocional, que tantas pessoas buscam das mais variadas formas.  

No entanto, todos sabemos que a prática muito se distancia da teoria. Na hora que a vida nos coloca à prova, o velho e bom colo se torna indispensável. O problema é que nem sempre podemos contar com esse apoio, e é aí que mora o maior o desafio. 

A palavra empatia está muito em alta, mas o que vemos é cada vez mais pessoas apontando dedos ao invés de estenderem as mãos. O divórcio, por exemplo – momento já tão rodeado de angústias e inseguranças –, pode ser alvo de muito julgamento, especulações e até desprezo.  

Imagem em Freepik

Quem nunca lidou com esse nível de separação não consegue compreender que esse comportamento irresponsável beira a crueldade e pode ser um fator determinante para abalar, às vezes de uma maneira irreversível, a vida de alguém que se encontra vulnerável e carente. 

Amigos e familiares que formam uma rede de apoio verdadeiramente sólida podem assumir partes do papel de um companheiro: para quem tem filhos, é prestar suporte com as crianças; para quem encontra dificuldades em balancear o trabalho e a vida pessoal, é estar presente para dividir tarefas e compartilhar frustrações. 

Mas não se desesperem: ajudar nem sempre toma formas extremas. Um abraço, um pedaço de bolo ou uma xícara de café operam milagres em nossa alma. 

Depois do meu próprio divórcio, quem foi luz permaneceu na minha vida. Quem foi trevas foi, também, esquecido. 

Me lembro do dia em que um casal de amigos me ligou para saber se eu e meus filhos estávamos bem. Não sei descrever o que senti, mas foi um misto de luz no fim do túnel, com resgate da fé na humanidade. Desliguei o telefone e chorei por horas. Eram as primeiras pessoas em meses que mostravam preocupação com o nosso bem-estar. 

Imagem por katemangostar em Freepik

É interessante como uma atitude simples se torna tão inesquecível quanto rara quando se está precisando de apoio.  

O fato é que, na ausência do carinho e compreensão, não se pode ser dependente de ninguém para manter a saúde emocional. Isso precisa vir de dentro. A força para virar o jogo tem que ser trabalhada e aprendida; afinal, resiliência é uma qualidade que exige paciência.  

Por isso, aí vai a dica de ouro: não importa em que fase da vida você está, pratique a resiliência. Quando encarar qualquer desafio, encontre a motivação para recomeçar e mudar. Só isso irá te preparar para as reviravoltas que a vida dá. Esteja preparado e não desista de estender a mão a quem precisa.  

Afinal, você pode precisar de uma rede de apoio tanto quanto seu vizinho, seu primo, seu irmão. Tornar o mundo em um lugar mais acolhedor depende disso: de claridade mesmo que em meio à escuridão, de afeto, de doçura em um mundo de brutos. 

Mariah Morais é jornalista, ativista e escritora. Autora de “Depois do Depois”, também é a primeira mulher a comentar partidas de futebol na TV brasileira. Autora de best-sellers para públicos infantil e adulto, incluindo “A Saga Cafu”, Mariah também é mediadora de palestras e apresentadora. Ela lidera o Instituto Brilhante, com projetos sociais no Brasil e no exterior.

Colaboração da pauta:

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