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Escrita e leitura: o papel da família e da escola frente aos desafios da era digital

Imagem por Vidhyarthi Darpan em Pixabay

Leituras compartilhadas, jogos de cartas, adivinhações, diários e bilhetes são formas de incentivar a escrita em casa, enquanto a comunicação familiar cotidiana fortalece as habilidades comunicativas da criança

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do Portal. Sua publicação é no sentido de informar e, quando o caso, estimular o debate de questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Por Márcia Neves

O desenvolvimento da escrita começa antes mesmo de a criança entrar na escola, com os pais atuando como os primeiros incentivadores. Já a escola tem o papel essencial de oferecer a orientação formal, adaptando o aprendizado às necessidades de cada aluno. Ambas as partes, família e instituição, compartilham a responsabilidade de promover o hábito da escrita desde cedo, reconhecendo sua importância para o desenvolvimento da linguagem, a ampliação do vocabulário e a compreensão das regras da língua.

Além disso, a prática da escrita organiza o pensamento, fortalece o raciocínio lógico e estimula a imaginação. Incentivar essa habilidade desde a infância contribui para o crescimento integral da criança, ajudando-a a se comunicar, interpretar e criar de forma mais eficaz.

É fundamental destacar a importância da atuação das escolas nesse contexto, que deve ser coerente e positiva para impactar de forma significativa o desenvolvimento da escrita e incentivar sua continuidade. Essa prática, assim como a leitura, precisa ser mais do que um ato de descoberta, deve se tornar uma experiência prazerosa. Essa abordagem pode se configurar como uma estratégia eficaz diante dos desafios enfrentados nesse campo. Um levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional revela que, entre os alunos brasileiros de 15 e 16 anos, 66,3% relataram que o livro mais extenso que já leram não ultrapassou 10 páginas.

Imagem de free stock photos from www.picjumbo.com por Pixabay

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Leituras compartilhadas, jogos de cartas, adivinhações, diários e bilhetes são formas de incentivar a escrita em casa, enquanto a comunicação familiar cotidiana fortalece as habilidades comunicativas da criança. No entanto, em famílias com baixa escolaridade, a escola desempenha um papel crucial ao assumir a responsabilidade de complementar esse estímulo e apoiar o desenvolvimento da escrita e da linguagem.

Em alguns momentos, tanto na família, quanto na escola, as crianças manifestam suas emoções por meio da escrita, seja fazendo um bilhetinho, ou cartinha para as pessoas que admiram – amigos, professores, pais e até o famoso Papai Noel, que faz parte de suas invenções e mexe com os desejos da criança. Momentos como esses são oportunidades valiosas para incentivar a escrita e a leitura, carregando em cada palavra sentimentos como interesse, amor e autenticidade.

É necessário reconhecer a escrita, majoritariamente, como a maior de todas as tecnologias, sendo necessária para a relação com qualquer outra. Mas, vale reconhecer também as inúmeras dificuldades que a sociedade vem enfrentando para manter as crianças engajadas com a leitura e a escrita, diante dos impactos significativos no desenvolvimento cognitivo que as tecnologias têm oferecido, devido ao uso excessivo de telas, como: dificuldade em manter o foco; distanciamento de atividades psicomotoras; menos contato familiar e social; dependência digital, etc.

Imagem de Sabrina Eickhoff por Pixabay

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Para lidar com essa exposição às telas, precisa partir de casa, primordialmente, uma vez que é nela que as crianças passam a maior parte do seu dia, a regulação de tempo para uso de dispositivos eletrônicos, incluindo a TV, o incentivo a atividades “naturais” – fora das telas – modelar comportamentos saudáveis na família, orientar o uso da internet para fins “utilitários”, com conteúdos educativos que favoreçam o aprendizado e desenvolvimento cognitivo e intelectual.

São estratégias que podem colaborar com a escola, e juntos – família e instituição educativa – ajudar as crianças a encontrarem equilíbrio saudável entre tecnologia e realidade e, obviamente, inseri-los em um processo natural de leitura e escrita, como necessidade de desenvolvimento para a vida. 

Dicas para incentivar a leitura e a escrita:

– Incentive a escrita criativa: proponha atividades como bilhetes, diários e cartinhas para tornar a escrita divertida e significativa.

– Reduza o tempo de telas: estabeleça limites e priorize atividades como jogos, leituras e brincadeiras.

– Modele bons hábitos: mostre que ler e escrever são prazerosos, escolhendo conteúdos interessantes e participando junto com a criança.

– Trabalhe em parceria com a escola: alinhe práticas com os professores para fortalecer o aprendizado e equilibrar tecnologia e atividades educativas.

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Márcia Neves é Professora do Colégio Progresso Bilíngue de Santos há mais de 10 anos com formação em Letras pela Universidade Católica de Santos, pós-graduada em Alfabetização e Letramento e autora dos livros “Grades de liberdade”, “Poesia o lugar encantado das crianças” e “Haicais Bucólicos”

Colaboração da pauta:

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