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Estudo mostra que maioria das mulheres têm jornada dupla entre a vida profissional e a rotina de cuidadoras

Imagem em Freepik

Além de desafios na carreira, as mulheres acumulam sobrecarga emocional e tarefas invisíveis ligadas ao cuidado dos filhos, de idosos e pessoas com deficiência

No Mês das Mães, os holofotes se voltam para homenagens e celebrações. Mas por trás das flores e mensagens carinhosas, há uma realidade urgente e muitas vezes invisibilizada: a sobrecarga que recai sobre mulheres que, além de profissionais, são também cuidadoras. Estudos recentes mostram que essa é uma realidade compartilhada por milhões de brasileiras, especialmente as mães — e ainda mais intensamente por aquelas que cuidam de filhos com deficiência.

De acordo com a pesquisa Women in the Workplace, realizada pela Great Place to Work (GPTW) nos Estados Unidos, 45% das mulheres brancas e 71% das mulheres negras que trabalham relataram ter responsabilidades de cuidado, seja com crianças, pessoas idosas ou pessoas com deficiência. O estudo chama atenção para a necessidade de empresas revisarem seus programas e políticas internas com foco em flexibilidade e apoio real às funcionárias com essa dupla jornada.

Mães no mercado de trabalho: desafios persistem e revelam desigualdades

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que, entre 247 mil mães analisadas, 50% foram demitidas cerca de 24 meses após a licença-maternidade — uma tendência que pode se estender por até quatro anos. Isso contrasta com a estabilidade garantida por lei até cinco meses após o parto. Entre as causas, estão as desigualdades de gênero e a ausência de uma cultura organizacional que respeite a parentalidade.

O recorte por escolaridade reforça a desigualdade social: mulheres com ensino superior perdem 35% das oportunidades de trabalho após 12 meses da licença; entre as com menor escolaridade, a queda é de 51%.

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Setores tradicionalmente mais ocupados pela figura masculina, como o setor imobiliário, por exemplo, impõem barreiras significativas para mulheres, especialmente aquelas que também exercem o papel de cuidadoras. É urgente reconhecer que a jornada dupla não é exceção, é a regra para a maioria de nós. Precisamos construir um ambiente profissional que não só valorize a presença feminina, mas também compreenda suas múltiplas dimensões — da liderança à maternidade. Isso passa por políticas reais de apoio, flexibilidade e, principalmente, por uma mudança cultural que enxergue o cuidado como uma responsabilidade coletiva, e não exclusivamente feminina”, destaca a diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário e do MI2B, Elisa Rosenthal.

Maternidade atípica: quando o cuidado exige ainda mais

No Brasil, a healthtech Genial Care revelou, por meio do estudo “Cuidando de quem cuida: um panorama sobre as famílias e o autismo no Brasil”, que 86% dos cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mães. Além disso, quase metade delas — 47% — sente culpa pela condição dos filhos, mesmo sendo uma característica neurológica que independe de ações parentais.

Outro levantamento, “Retratos do Autismo no Brasil”, também da Genial Care, mostrou que 24,2% das pessoas com TEA também exercem funções de cuidado, em geral com filhos ou familiares. Entre os respondentes da pesquisa, 65% se identificam como mulheres, com destaque para a faixa etária de 25 a 34 anos (33%). Esses dados revelam uma realidade ainda pouco visível: mães atípicas que enfrentam o desafio duplo de cuidar e, ao mesmo tempo, lidar com suas próprias questões neurológicas ou emocionais.

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Caminhos para um futuro mais equilibrado

As evidências apontam para um cenário que exige transformações urgentes. Especialistas destacam que a criação de políticas públicas e corporativas que reconheçam e apoiem o trabalho do cuidado é fundamental para diminuir essa sobrecarga. Horários flexíveis, licenças adaptadas à realidade dos cuidadores e suporte psicológico são algumas das soluções possíveis. 

Falar em presença feminina no mercado de trabalho hoje é reconhecer a força de mulheres que, mesmo diante de jornadas duplas ou triplas, seguem transformando o mercado. Cada mulher em posição de liderança quebra um ciclo de exclusão e abre caminhos para outras. Mas essa ascensão não pode depender apenas de esforço individual — é preciso que as organizações criem estruturas que acolham a diversidade da experiência feminina, especialmente a das mães e cuidadoras”, aponta Elisa Rosenthal.

Também é preciso uma mudança cultural. A valorização do trabalho de cuidado — muitas vezes invisível e não remunerado — é uma etapa essencial para a construção de uma sociedade mais justa para todas as mulheres. Neste Mês das Mães, mais do que homenagens simbólicas, o desafio é criar espaços de escuta, acolhimento e ação efetiva. 

Genial Care é uma rede de cuidado de saúde atípica especializada em crianças autistas e suas famílias. Com várias clínicas em todas as regiões de São Paulo, a empresa combina modelos terapêuticos próprios, suporte educacional e tecnologia avançada para promover bem-estar e qualidade de vida no processo de intervenção. Com uma equipe dedicada de mais de 250 profissionais, a Genial Care tem como propósito garantir que cada criança alcance seu máximo potencial.

@genialcare

O Instituto Mulheres do Imobiliário é o primeiro e maior grupo feminino do setor imobiliário no Brasil, dedicado à equidade de gênero e à transformação do mercado por meio da inclusão e do desenvolvimento sustentável. Com atuação voltada para educação, geração de trabalho decente, acesso à habitação e incentivo ao empreendedorismo feminino, o Instituto promove ações concretas para fortalecer a presença das mulheres na cadeia produtiva do setor. Além de fomentar relações urbanas mais inclusivas e sustentáveis, a organização atua no combate à discriminação e na construção de um ambiente de negócios mais diverso e inovador.

@mulheresdoimobiliario

Fundadora e diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário, Elisa Rosenthal é referência na capacitação e mentoria de profissionais que buscam ascender a posições de liderança. Com sólido histórico de desenvolvimento imobiliário em renomadas empresas do setor é reconhecida como uma das mulheres mais influentes do setor pelo Imobi Report. Acumula prêmios como o Selo Direitos Humanos e Diversidade da Cidade de São Paulo e o Conecta Imobi na categoria ESG e a Voz Feminina do Setor. É autora dos livros Proprietárias e Degrau Quebrado, e se dedica a promover ambientes inclusivos e a formação de lideranças transformadoras. Além disso, Elisa é LinkedIn Top Voices e colunista de veículos renomados como Estadão e Exame Invest, e palestrante em temas de equidade e empreendedorismo.

@elisawrosenthal

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Imagem por Marcos Kulenkampff em Canva Fotos

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