Às vezes, me canso um pouco de ler as crônicas do cotidiano publicadas nos inúmeros sites e veículos de comunicação (logo eu, que sou uma delas?). E não é por conta da qualidade literária dos textos — que, na maioria dos casos, é inquestionável —, mas por sentir que estou sempre comendo aquele mesmo pudim que retorna à mesa depois de congelado.
Por isso mesmo, me deliciei com um texto novo que falava sobre os Tidsoptimistas. O termo é difícil até de pronunciar, mas desperta curiosidade — tanta que fui em frente para descobrir seu significado.
E qual não foi minha surpresa ao perceber que o texto falava exatamente de mim! Será que a autora me conhecia de alguma reunião em que ficou claro ser eu uma Tidsoptimista clássica? Ou teria captado as vibrações do meu ser de luz, sempre pronto a ajudar outras criaturas afortunadas que têm uma visão otimista do tempo, como eu?
Senti um estranho calor, como se — imagino — estivesse tomando um chá fumegante de Santo Daime, à medida que me reconhecia nas situações expostas. Estou vingada! (pensava, ticando cada uma delas). Assim que compartilhar esse texto, todos vão entender que minha intenção sempre foi boa; que o problema é apenas uma diferença de visão sobre o tempo — a deles é objetiva, a minha, subjetiva!
Para que não reste dúvida de que a autora, Becky S. Korich, se inspirou na minha pessoa para psicografar esse texto, seguem aqui algumas situações citadas:
O encontro é às 20h. Às 19h55, saindo de casa e ajeitando o cabelo no espelho do elevador, manda a clássica: “Chegando.”
A reunião é às 14h. São 13h40. Calcula: “Trânsito, 25 min; me troco em 5; dou tchau em 2; saio em 10… dá tranquilo.”
Tem um voo às 10h. Decide sair às 8h10, confiante de que tudo vai colaborar: o Uber vai chegar em 2 minutos, os faróis abrirão em sincronia, não haverá fila no check-in e o portão será logo ali.
Quem já conviveu comigo certamente poderá engrossar essa lista com muitas outras situações optimistic e… me perdoar!
Ainda não há comentários para esta publicação