Por Eduardo Marcondes Suave
Amigo leitor e amiga leitora.
Confrontar não precisa ser sinônimo de briga ou descontrole. Muitas vezes, temos medo de nos posicionar porque associamos o confronto a explosões emocionais ou rupturas nas relações. Mas existe outra forma: é possível se expressar com firmeza, mantendo a calma e o respeito.
O primeiro passo é aprender a regular as próprias emoções. Respirar fundo, dar um tempo antes de responder e organizar os pensamentos ajuda a não deixar a raiva falar por nós. O objetivo do confronto sereno não é “vencer”, mas comunicar com clareza aquilo que precisa ser dito.

A comunicação assertiva é uma grande aliada nesse processo. Em vez de atacar a outra pessoa, fale de si mesmo: “Eu me sinto desrespeitado quando…” é muito mais eficaz do que “Você nunca me respeita”. Essa mudança de foco reduz resistências e abre espaço para diálogo.
Outro ponto importante é escolher o momento e o tom certos. Nem toda conversa precisa acontecer na hora do calor do problema. Muitas vezes, esperar o ambiente se acalmar é o que garante que a mensagem seja ouvida. A serenidade também se mostra no corpo: postura firme, voz calma e palavras objetivas transmitem segurança sem agressividade.

Confrontar com serenidade é, no fundo, um ato de coragem. É saber dizer o que pensa sem ferir, impor limites sem humilhar e ouvir sem se anular. Quando aprendemos essa arte, fortalecemos a autoestima e construímos relações mais autênticas, onde a verdade não assusta, mas liberta.
Para aprofundar esse tema, recomendo leituras como Comunicação Não-Violenta (Marshall Rosenberg), Assertividade: Como dizer não sem se sentir culpado (Manuel J. Smith) e artigos sobre inteligência emocional de Daniel Goleman. Além disso, técnicas de respiração consciente e treino de escuta ativa podem ser ferramentas práticas para cultivar serenidade no dia a dia.
Até a próxima!