Muita gente acredita que prazer é instinto, que o desejo aparece do nada, quase como mágica. Mas a realidade é outra: prazer é hábito, e sexo é treino. Não treino no sentido de performance ou cobrança, mas no sentido de liberdade para acertar, errar, rir junto, experimentar de novo. Assim como quem começa na academia não pega peso pesado no primeiro dia, a intimidade também se fortalece com repetições, com a disponibilidade de se abrir e aprender.
Desejo e prazer não são só biológicos — eles são aprendizados. São atravessados por crenças, experiências, cultura e até pelas histórias que carregamos desde a infância. Muitas vezes ficamos presos em padrões: o medo de falhar, a ideia de que “tem que ser perfeito”, a cobrança para sentir vontade o tempo todo. Quando conseguimos soltar essas amarras, o sexo deixa de ser obrigação e vira espaço de curiosidade, descoberta e até de humor.

E como transformar isso em prática? Não precisa de grandes movimentos. O prazer se alimenta de coisas pequenas e consistentes: sentir a água no corpo durante o banho com mais presença; investir em um óleo, uma lingerie ou até em um pijama gostoso que te faça se olhar com carinho; dar um abraço demorado, um beijo fora de hora, escrever um bilhete inesperado. O corpo responde quando a gente dá atenção a ele. Movimento, toque, respiração e imaginação são gatilhos simples que despertam a energia sexual.
O convite é esse: enxergar o prazer como um caminho que se constrói diariamente, e não como uma chama que nasce sozinha. Porque, quando você entende que desejo é aprendizado e prazer é hábito, a relação deixa de ser pressão e vira liberdade.

E aí, qual pequeno hábito você pode começar hoje para reacender sua energia sexual?