Provavelmente, só pelo título já acreditaste que nesta curta prosa eu traria a receita infalível para empreender com sucesso — e sem as oscilações do mundo do empreendedorismo, certo?
Humm… deixa-me dizer-te, querido leitor e querida leitara, mas que estás redondamente enganada.
Ora, vejamos: essa história de acreditarmos que existe uma fórmula mágica capaz de fazer os negócios fluírem com a leveza do voo de uma águia é pura utopia. Cada negócio, cada empreendimento e cada empreendedor seguem a sua própria realidade — e têm uma natureza única, seja ela organizada ou não.
Obviamente, existem diretrizes e bases estruturais que muitos seguem. Mas nunca acredites que, só porque não segues à risca o modelo do sistema social, a tua empresa vai falir ou deixar de crescer na dimensão dos teus sonhos. Esquece isso! Com foco e determinação, nem o céu será o limite para o teu empreendimento.

Mas atenção: não faças as coisas de forma desequilibrada apenas para parecer diferente. Não, não! Isso pode custar-te caro. Tudo bem que, para ser empreendedor, é preciso ter uma boa dose de loucura — mas não te transformes num maluco clinicamente comprovado! (E, por favor, nem venhas dizer: “Ah, ouvi com a Érica que devo ser louca, louquinha. Ei, não inventa!).
O que quero que entendas é que o teu negócio não está pior que o de ninguém. Pode estar a passar por uma fase difícil — o que é comum —, mas não normalizes isso.
E mais: é fundamental que peças ajuda quando perceberes que o barco está quase a afundar. Na verdade, pede sempre que puderes um olhar crítico sobre o teu empreendimento, para não esperares o desequilíbrio chegar antes de pedires socorro — o que, muitas vezes, já é tarde.

Outro ponto importante: é perfeitamente normal mudares o foco do teu negócio. Se o produto que vendes já não rende como antes, troca, querida! Não te prendas a algo apenas porque era o teu sonho inicial. Não faças isso contigo. Avalia o produto, o mercado e as necessidades dos teus clientes de seis em seis meses — ou, pelo menos, uma vez por ano.
Lembra-te: o empreendedor existe para trazer solução a um problema social (e lucro para si, calro), mas isso não significa criar um problema para si mesmo.
Brilha, inova, cria, busca aquela dose saudável de loucura e, meu bem — seja feliz empreendendo com amor!


































