Olá, querido leitor e querida leitora Dolce Morumbi®! Hoje trago uma reflexão sobre os importantes avanços no mundo da moda.
Na última quarta-feira, 26/11, em Genebra, durante a 14ª edição do UN Forum on Business and Human Rights, um importante capítulo da moda ganhou destaque no cenário internacional. No Grupo de Trabalho de Moda e Têxtil do Pacto Global da ONU (evento que conta com uma delegação brasileira) foi lançado o Guia Prático de Devida Diligência em Direitos Humanos para o setor de moda e têxtil um marco que sinaliza, de forma contundente, que a moda que conhecemos está passando por uma transformação profunda e irreversível.
Se antes sustentabilidade e responsabilidade social eram temas periféricos, hoje eles se tornaram pilares estratégicos para qualquer empresa que queira ocupar um lugar relevante no futuro. A atenção global volta-se, com intensidade crescente, para aquilo que acontece nos bastidores da cadeia têxtil: as condições de trabalho, a rastreabilidade de matérias-primas, o respeito às comunidades envolvidas, a redução de danos ambientais e a criação de oportunidades dignas.

A presença brasileira em Genebra reforça algo essencial: o Brasil tem não só desafios, mas também um enorme potencial de liderança nesse movimento internacional. Nosso país abriga uma das maiores cadeias têxteis do mundo, repleta de criatividade, diversidade e mão de obra altamente especializada. Ao mesmo tempo, enfrenta problemas históricos muitos deles compartilhados por diversos países que hoje precisam ser enfrentados com coragem, transparência e inovação.
O lançamento do Guia de Devida Diligência simboliza uma nova fase: a da responsabilidade consciente. Ele oferece às empresas ferramentas práticas para identificar, prevenir e mitigar impactos negativos ao longo
de toda a cadeia. Mais do que um documento, é um convite para repensarmos o propósito da moda.
Porque a moda sempre foi expressão, mas agora precisa ser também compromisso. Compromisso com quem costura, com quem planta o algodão, com quem transporta, com quem tinge o tecido, com quem cuida do design e, claro, com quem veste a peça final. Cada etapa importa. Cada pessoa importa.

Esse movimento internacional que cresce ano após ano não busca punir a moda, mas libertá-la para um novo protagonismo. Uma moda que celebra a estética, mas sem ignorar a ética. Que brilha nas passarelas, mas também nas comunidades que a constroem. Que inspira beleza, mas também inspira mudança.
Ao ocupar espaço no Fórum da ONU, o setor brasileiro demonstra ao mundo que não teme os desafios; pelo contrário, está pronto para liderar uma narrativa em que criatividade, inovação e responsabilidade caminham juntas. É um passo de maturidade, mas também de esperança.
E é isso que torna esta nova moda tão poderosa: ela não veste apenas o corpo, ela veste o futuro.
Muito obrigada e até a próxima!































