I
A chama que arde no toque da pele
Não é a mesma que sustenta um abrigo
O fogo se apaga sem raiz na alma
É o vento que vem — e já foi.
II
Palavras doces soam como flautas
Mas nem toda melodia é oração
há quem se sente à mesa conosco
com o coração viajando noutro outono.
III
E mesmo o rio, pedindo desculpas
Não desfaz a pedra que partiu
Há quem confunda eco com abraço
Sem ver — amor é ponte, não prova.

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