Uma das coisas que mais escuto das pessoas que contratam meu trabalho é a aversão que elas têm em facilitar suas vidas. Como? Frases como “organização não é comigo” “perco tempo organizando (essa até me deixa confusa, já que organizar otimiza tempo!). Mas eu tenho uma teoria para esse pensamento, para essa resistência. Acredito que possa vir desde nossa infância. Muitas vezes escutamos coisas assim: se não arrumar sua cama não vai sair para brincar! Se não fizer seu dever não irá ver televisão.
Naquele momento nosso desejo foi reprimido por uma obrigação que não estava em nossos planos. Faço essa associação porque ouço muito isso dos clientes. Desde criança detestam ter que guardar ou arrumar alguma coisa.
Sempre digo que se não é nato ser organizado podemos desenvolver. É um hábito mesmo. Como se levantar, ir ao banheiro e escovar os dentes. Você se educou a fazer isso. Educou seu corpo nessa rotina.
Sendo assim, você pode adotar pequenas ações na sua rotina que vão te educando a conquistar mudanças maiores em relação a organização.
A primeira coisa é elimine a crença limitante e infantil que você é assim e ponto! Podemos ser o que quisermos então se permita novos hábitos.
A segunda ação será levantar da cama e esticar seu lençol e afofar seu travesseiro. Deixe-a acolhedora para quando você voltar para dormir. O que essa ação vai mostrar para você? Exatamente o prazer de encontrar conforto quando vier deitar-se novamente. Note que não precisa estar uma cama de loja de enxovais. Precisa estar acolhedora e o ambiente organizado.
Na terceira dica peço que olhe em volta. Poluição visual cansa. Só de olhar um ambiente bagunçado sentimos um desânimo! O excesso de informação nos congela pois não sabemos nem por onde começar e muitas vezes desistimos aí mesmo! Organize começando pelo que pode ser jogado fora! Pegue uma caixa ou saco de lixo, comece jogando tudo que sabe que pode ser descartado. Isso vai te levar a separar as doações e itens que possa querer vender. O que ficar vai ser agrupado pelo mesmo assunto (digo que uno pela mesma família como livros com livros, documentos com documentos e assim por diante), setorizado e guardado.
Quarto passo é deixar à mão o que se usa mais. Locais de difícil acesso (tanto para o alto como os que precisar abaixar muito) devem guardar o que você pouco usa.
A quinta dica é sobre a escolha do lugar das coisas. Saiba que um armário, cujas roupas vivem jogadas na cadeira, perdeu a razão de existir! Olhe para seus móveis e veja como você se movimenta naquele ambiente. Os objetos vão estar acomodados numa sequência que facilite suas ações. No de roupas, por exemplo, pensando em gavetas a roupa intima vem na primeira gaveta (porque é a primeira coisa que pegamos para nos vestir) e a sequência mais comum é camisetas, roupas fitness, pijama e moda praia. Preste atenção no seu hábito e crie sua sequência.
O sexto passo é prestar atenção nas miudezas espalhadas e criar um lugar para elas morarem. Chaves, moedas, pilhas, acessórios femininos. São coisas que quando perdemos demoramos uma eternidade para encontrar. E aí o que é perdido é tão valioso que não se pode recuperar: o tempo! Coloque porta chaves, junte as pilhas em uma caixinha e coloque numa área de manutenção da casa. Acessórios podem ir para um pratinho lindo na sua bancada (se você os usa sempre) até voltarem para o porta-joias.
A sétima ação é dar função específica para as gavetas. Faça isso ou elas viram depósitos!
Oitava dica é incluir as crianças nesses processos, mas desassociando a organização do castigo! Para adultos e crianças o ato do que está sendo feito deve estar associado ao prazer do benefício que nos traz.
O nono passo é uma filosofia LL Organizer: acumule menos tralha e tenha mais tempo! Dispensa qualquer explicação não é mesmo?! Experimente!
E para finalizar a décima dica é não acumule essas pequenas pendencias (arrumar a cama, guardar sapato no lugar etc.). Isso gera ansiedade e tira seu TEMPO de fazer o que é realmente importante ou rouba seu tempo de não fazer absolutamente NADA! Sim! Porque estando organizado você vai finalmente ter tempo para fazer o que quiser ou ficar sem fazer nada! Acredite o hábito de devolver para “casinha” as coisas é libertador!
Comece! Faça alguma coisa! Mas faça!
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