Jamais esqueça que não perdemos o que não temos

Pamela Magalhães

CRP : 06/88376

A Psicóloga Pamela Magalhães escreve nesta coluna quinzenalmente respondendo a perguntas enviadas por leitores e leitoras ao e-mail dolceamore@dolcemorumbi.com.
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São selecionadas três perguntas e a
s pessoas que tiverem as suas escolhidas, tem suas privacidades totalmente preservadas.

Dolce Morumbi

Ao investir em uma relação, temos que entender o que esperar desse compromisso mútuo para nossos afetos

Olá Pamela, tenho uma filha cujo pai dela é uma pessoa que tenho grande sentimento.

Nunca tivemos nada sério, porém quando estive grávida ele sumiu e começou namorar. Hoje ele está solteiro, está mais próximo e sinto que tenta me agradar, compra comidas que gosto, me deu um celular, me elogia e trata bem nossa filha. Porém não sei se ele está querendo algo comigo, também não sei se valeria a pena me relacionar com ele. Às vezes, acho que ele só quer ficar comigo pra minha filha não ter outro homem próximo. Como saber se vale a pena e a real intenção dele? (L.P.)

Minha querida, primeiro pensei em como é bom saber que o homem que o pai da sua filha é um homem especial para você. Isso significa muito. Sobre o que você pensa sobre a aproximação dele, é essencial observar os ditos e não ditos da interação. Separe suas expectativas e idealizações, para perceber com mais clareza a postura dele em sua vida. Depois disso, chame-o para uma boa conversa, franca e que não tirará pedaço de ninguém, muito pelo contrário, olho no olho vocês poderão entender o que esperar dessa relação e se vale a pena investir mais ou não. Jamais se esqueça que não perdemos o que não temos.

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A mais ou menos 1 mês sai de um relacionamento bem intenso, nós nos gostamos porem não tinha como continuar o namoro pois ela tem crises de ansiedade das quais se sente toxica para mim, decidi sumir e me afastar, porem em outros momentos quando está bem, me trata super bem, diz que me ama e etc.  Dessa forma eu decidi não continuarmos mais, mas sinto muita falta dela por ainda ama-la demais, gostaria de saber o que faço para esquecer essa pessoa pois ela não tem responsabilidade afetiva comigo e isso tem me machucado muito. (S.F.)

S. li a sua mensagem e pensei em como é difícil nos envolvermos com pessoas instáveis emocionalmente, nunca sabemos o que esperar delas. A instabilidade de humor é muito mais do que uma crise de ansiedade, mas oscilações de posturas, humor, intenções e sensações, que quando não tratadas é de enlouquecer qualquer um que esteja por perto. Caso essa pessoa não queira mesmo buscar o tratamento adequado, a melhor forma de aprender a viver sem ela é lembrar da impossibilidade de conviver com alguém assim e do quão tóxica é essa relação e o tamanho sofrimento gerado que não compensa os poucos momentos harmoniosos existentes. Nunca será fácil viver esse afastamento de quem a gente gosta, mas trata-se de um período de dor que vai sendo elaborado e estruturado conforme seus objetivos de vida e elucidação sobre a inviabilidade da situação. Logo passa e você estará refeita, e o melhor, em paz de ter feito a coisa certa.

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Pam, tudo bem querida? Acompanho você a um bom tempo, e sua página se tornou importante pra mim logo que terminei um relacionamento que amanhã faz 9 meses. Tenho lutado contra meus sentimentos que inutilidade, engraçado que eu nunca tinha me sentido assim até passar por esse episódio na vida. Lembro que minha ex-sogra nunca aceitou o namoro, sempre dizia que o filho era imaturo que a gente não ia dar certo. E pra ele ela falava de mim, enfim. A mãe dele me tratou muito mal, me desprezava, nunca atendeu minhas ligações e eu sempre mantive minha postura perante ela pra não ter problema. Queria saber se ele me amava ou se a mãe pode ter tido influência. Estou me sentindo esgotada emocionalmente. (K.M.)

K. por mais que alguém nos influencie em nossas posturas, a decisão é sempre de nossa responsabilidade. Se a resposta fosse, SIM! A mãe dele que influenciou em todo esse comportamento. Isso mudaria alguma coisa? No máximo teríamos um homem extremamente vulnerável, frágil, dominado e permissivo diante dos gostos da mãe. Fico aqui só imaginando o futuro que a aguardaria com um companheiro sem voz e com atitudes coordenadas pela mãe. Reveja sua história, seu merecimento e o que deseja para a sua vida. Existem relações que não decolam e no momento de dor, por nos sentirmos rejeitadas, injustiçadas e abandonadas, pensamos em todas as razões do mundo para isso acontecer e buscamos até em nós mesmas os motivos para tanto e esquecemos de considerar que não ter dado continuidade, pode ter sido um belo de um livramento, para permitir algo muito melhor chegar na nossa vida. Confie.

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Para a Pamela, seus sentimentos são a sua história.

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Pamela Magalhães é Psicóloga, Especialista Clínica e Terapeuta de Casal e Família.
Bastante influente nas mídias em geral, ficou conhecida como Especialista em Relacionamentos pelos seus quadros no Programa Mulheres da Tv Gazeta e Tribuna Independente da Emissora Rede Vida e movimenta uma rede de seguidores de mais de 630K nas redes sociais em especial no instragram como @psipamela
Além de comentarista de comportamento e Psicóloga Clínica, realiza palestras em todo Brasil e comanda o podcast Coração Peludo na plataforma da Jovem Pan. CRP:06/88376

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