5 coisas que não te contam sobre orgasmo

Especialista explica como funciona o ápice do prazer sexual feminino

Nunca falamos tão abertamente sobre sexo e prazer, entretanto, existe ainda muito mistério e dúvidas sobre como é senti-lo. Para as mulheres, o evento fisiológico que acontece no próprio corpo como resposta ao ciclo sexual é conhecido como orgasmo. “Ele é definido como pico de excitação e prazer, ou seja, quando a mulher chega ao ápice tem uma liberação de tensão sexual”, explica Lua Menezes, especialista em sexualidade positiva.

A pesquisa Archives of Sexual Behavior, realizada no Reino Unido, revelou que apenas 35% das mulheres heterossexuais entrevistadas gozam durante o sexo e 75% delas fingem orgasmos. No Brasil, o estudo da sex shop Miess constatou que 62,9% das brasileiras costumam forjar orgasmos durante as relações e entre os fatores que contribuem para isso está a dificuldade de chegar ao clímax, já que muitas afirmam que ele pode demorar e que seus parceiros não conseguem fazê-las atingir o ápice. “O orgasmo também pode ser um momento transcendental, levando a mulher à um transe de sensações e sentimentos complexos de amor e conexão, e por isso não depende só do corpo, mas também da mente, das emoções e de como essa mulher está se sentindo”, completa.

Algumas mulheres têm dúvida se já vivenciaram um orgasmo porque tem expectativas equivocadas de como ele é. “Muitas acreditam que precisa sair líquido, igual a ejaculação nos homens. Para quem tem vulva não há essa necessidade, além da lubrificação natural”, orienta a especialista. “Somos diversas e por causa dos diferentes tipos de vulvas, vaginas, clitóris e histórias de cada mulher os orgasmos também são”, esclarece.

Imagem de Freepik

A importância do autoconhecimento

Um estudo da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, publicado no Journal of Sexual Medicine, cita que 17% das respondentes admitem nunca ter chegado ao clímax sexual e que o período necessário para que as mulheres alcancem o orgasmo é, em média, menos de 15 minutos. “O ápice sexual causa contrações involuntárias na musculatura da vagina e do assoalho pélvico. Depois do orgasmo, é comum ter espasmos musculares que indicam que ele acabou de acontecer”, ensina Lua.

Ao contrário do que é difundido, que o orgasmo deveria ser algo que o corpo faz naturalmente, gozar é aprendizado. “Muitas mulheres vão para o sexo esperando que os outros a levem ao ápice do prazer, mas, se nem elas sabem como gozar, como podem cobrar ou esperar isso do outro?”, salienta. “Se conectar com o corpo, aprender a sentir e escutar as sensações auxiliam na autonomia feminina, que previne a frustração com o parceiro e facilita a chegada ao clímax”, finaliza a especialista.

Imagem de Freepik

Para vivenciar tudo o que o prazer pode proporcionar, é necessário autoconhecimento e estar disposta a aprender sobre o próprio corpo, vontades, desejos e o que realmente lhe dá satisfação. Conheça 5 coisas que não te contam sobre o orgasmo, de acordo com Lua Menezes:

1 – Para ter um orgasmo, não é necessário sair líquido além da lubrificação natural.

2 – O clitóris é o principal órgão do corpo humano especializado em prazer.

3 – É normal não gozar apenas com penetração.

4 – Na hora do orgasmo, a vagina se expande.

5 – Assim como andar, falar, pular e comer, o orgasmo é aprendido, por isso é importante conhecer o próprio corpo e as próprias vontades.

Lua Menezes | Divulgação

Lua Menezes é escritora e nasceu em Fortaleza, Ceará. É graduada em Teatro e tem mestrado em Artes Cênicas, desde o início orientando sua pesquisa para os estudos do corpo e do erotismo. Morou muitos anos em Natal, se mudando depois para São Paulo, onde se formou e atuou como terapeuta tântrica e orgástica

Colaboração da pauta:

TX Comunicação

Amanda Barrocas | [email protected]

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