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Por Giordania Tavares
Segundo um estudo realizado em abril de 2023 pela consultoria especializada em cargos de liderança e conselhos, Talenses Executive, apenas 33% das organizações no Brasil têm um programa formal de preparação de sucessores para cargos de liderança. Foram ouvidas 120 companhias, sendo que 22% delas têm de mil a 5 mil funcionários; ao todo, 72% são de capital fechado e 28% de administração familiar.
O levantamento acende um alerta sobre a importância de preparar sucessores em diversos níveis de liderança para que o negócio tenha condições de manter o desempenho na ausência de gestores. Quando fazemos um recorte para as empresas familiares a sucessão também deve ser cuidadosamente planejada, tendo em vista que normalmente existem dois cenários.
O primeiro é o caso do patriarca que tem a missão de repassar a empresa para a administração dos filhos e se prepara a vida inteira para isso, tornando o processo mais tranquilo e seguro não só para a gestão, mas para todos os envolvidos no negócio, como colaboradores e fornecedores. O segundo é quando os donos têm resistência em deixar o controle do negócio para outro profissional, o que dificulta a transição e o acesso a informações estratégicas.
A falta de governança corporativa nos negócios familiares pode comprometer o futuro das empresas, por isso é importante criar um plano de sucessão o quanto antes e começar a dividir decisões com os sucessores. Essa tarefa ampliará a visão e irá amadurecer o profissional os desafios da gestão.
Um grande benefício da preparação de sucessores é o fato de poder inovar com propriedade, ou seja, se previamente o novo gestor emergiu adequadamente no setor, no negócio e nos processos, ele terá condições de avaliar e implantar soluções inovadoras para a expansão da empresa. Com isso, o novo líder terá a possibilidade de utilizar toda a tradição construída pelo antecessor, o que é tão importante para a marca quanto ir em busca da inovação, quesito essencial para a sobrevivência das companhias.
Giordania R. Tavares é graduada em administração pela UNICID, com especialização pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. A executiva tem mais de 20 anos de experiência no mercado de portas rápidas industriais e equipamentos desenvolvidos especialmente para isolamento e segurança dos mais variados ambientes industriais e logísticos, e como CEO foi responsável por tornar a Rayflex expoente de mercado no Brasil e na América Latina.
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