Cicatrizes da infância: a sombra por trás dos feminicídios no Brasil

Especialista explica a conexão entre traumas infantis e a escalada da violência contra mulheres

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A escalada alarmante de violência contra a mulher no Brasil, com mais de 10 mil casos de feminicídio registrados desde a promulgação da lei em março de 2015 até dezembro de 2023, lança um alerta sobre uma realidade perturbadora. Esse aumento contínuo, alcançando um recorde de 1.463 mulheres vítimas apenas no ano passado, reflete uma taxa de violência que não pode ser ignorada. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam um panorama nacional de desigualdade e perigo, com o Centro-Oeste liderando as taxas de feminicídio, seguido por regiões como o Norte e o Sul.

Diante desse cenário, a renomada biomédica especializada em patologia clínica e neurociência comportamental infantil e escritora Telma Abrahão nos convida a olhar para além dos números e a entender as raízes profundas dessas tragédias. Em suas obras, Abrahão argumenta que os traumas da infância podem ter um papel fundamental no desenvolvimento de comportamentos violentos na vida adulta, especialmente em relação à violência contra a mulher.

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Os algozes de hoje foram, muitas vezes, as vítimas de ontem. Crescer em um ambiente onde a violência é uma linguagem, ensina a criança que esse é o meio de resolver conflitos. Essa visão é apoiada por estudos que mostram uma correlação entre experiências adversas na infância e a probabilidade de perpetrar ou sofrer violência na vida adulta“, explica Telma Abrahão.

A especialista enfatiza a importância de intervenções precoces e de uma rede de apoio robusta para crianças expostas à violência, como uma forma de prevenir a perpetuação desse ciclo. “Precisamos de políticas públicas eficazes que não apenas punam os culpados, mas que também ofereçam caminhos de cura e reintegração para aqueles que foram moldados pela violência desde a tenra idade“, afirma Abrahão.

Segundo Telma, esse alerta para a sociedade e para as autoridades públicas mostra a necessidade urgente de abordar as causas raízes da violência, indo além das medidas reativas para construir uma cultura de prevenção e cuidado. “Cada caso de feminicídio é um sintoma de uma sociedade que falhou em proteger suas crianças e, por extensão, suas mulheres”, afirma.

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À luz desses fatos, é indispensável que o enfrentamento à violência contra a mulher seja priorizado nas agendas políticas, assegurando que recursos suficientes sejam alocados não apenas para o combate e punição dos crimes de feminicídio, mas também para o desenvolvimento de programas de educação e suporte psicológico que possam intervir antes que a violência se torne a única linguagem conhecida.

O crescente número de vítimas de feminicídio no Brasil é um chamado à ação. É hora de olhar atentamente para as raízes do problema, compreendendo que o combate efetivo à violência contra a mulher começa com a proteção e o suporte às crianças, para que possam crescer em ambientes seguros e amorosos, longe dos ciclos de violência que hoje assolam nossa sociedade” finaliza Abrahão.

Telma Abrahão é biomédica, especialista em Neurociências e no desenvolvimento infantil e uma das pioneiras no Brasil a unir ciência à educação dos filhos. A especialista é idealizadora da Educação Neuroconsciente, que ‘nasceu’ da necessidade de levar o conhecimento sobre a neurociência por trás do comportamento infantil para mães, pais e profissionais da saúde e da educação. Telma Abrahão, que também é mãe, é autora dos best sellers “Pais que evoluem” e “Educar é um ato de amor, mas também é ciência”. Seus livros são vendidos em mais de 15 países e ajudam milhares de pessoas ao redor do mundo a se reeducarem para melhor educar. Ela também escreveu 12 obras exclusivas para o Leituras Rápidas da Amazon com o objetivo de abordar temas que ajudam os pais a lidarem com os desafios na educação dos filhos.

@telma.abrahao

Colaboração da pauta:

Máxima Assessoria de Imprensa

Gabrielle Monice | [email protected]

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