Quero roubar tua calma
Como se fosse relíquia sagrada
Invadir tua alma
Com a sede de uma lâmina selada.
Rasgar tua pele em murmúrios
Romper o centro do obscuro
Corromper tua carne lenta
Na ardência que em mim fermenta.

Te sorver em goles de loucura
Te fazer morada na minha fissura
Cheirar tua essência bruta
Te possuir como quem luta.
No desejo que arde sem nome
Sou incêndio, tu és a fome
Me queima, me acende, me toma
Na dança onde o corpo não se doma.

Espero o dia em que me tomes
Sem culpa, sem freios, sem nomes
Que me usurpes em silêncio e furor
E me domines… como se fosses o amor.
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