O vídeo viral do influenciador Felca (Felipe Bressanim) é a revelação nauseante de uma falha sistêmica que coloca crianças brasileiras em rota de colisão com o perigo mais sombrio da internet. De forma chocante, Felca demonstrou a facilidade com que menores são empurrados para a adultização e expostos a conteúdos inapropriados – incluindo referências veladas à pedofilia – em plataformas que deveriam ser ambientes controlados. Este é o alerta mais contundente que recebemos sobre a vulnerabilidade infantil online: não se trata de riscos, mas de uma realidade perigosa, exposta agora para todos verem.
O vídeo arrancou a máscara da falsa segurança digital. Ela joga luz sobre uma verdade inconveniente: a moderação de conteúdo das gigantes da tecnologia é ineficaz, e seus algoritmos, em vez de protegerem, inadvertidamente direcionam e expõem crianças a cenários alarmantes. A adultização precoce e a naturalização de temas impróprios tornaram-se o preço invisível da navegação desassistida, com o risco de aliciamento e violência sexual online pairando como uma sombra real e constante.
“A responsabilidade pela segurança digital das nossas crianças não pode ser uma nota de rodapé. As plataformas têm uma obrigação moral e legal de agir, e estão falhando miseravelmente. Esta não é uma discussão sobre privacidade, é sobre a sobrevivência da inocência na era digital“, afirma Bruno Ferola, advogado e idealizador do projeto ‘E o meu lado como fica?’.
O projeto “E o meu lado como fica?” surgiu justamente como a resposta imediata e prática a essas situações. Atuando na intersecção entre o direito, o comportamento e a prevenção, a iniciativa oferece um farol para pais, educadores e instituições perdidos nesse mar de riscos.
“Não podemos esperar pelo próximo vídeo viral, pela próxima tragédia. A proteção das nossas crianças no ambiente digital é uma emergência global que começa em casa, mas precisa da responsabilização de todos“, conclui Ferola. “O ‘E o meu lado como fica?’ oferece o suporte necessário para que as famílias não se sintam sozinhas nessa luta, transformando a indignação em ação concreta e blindando a próxima geração.

Bruno Ferola, advogado | @bruno.ferola
O Projeto “E o meu lado como fica?” é uma iniciativa dedicada à segurança digital e ao bem-estar de crianças, adolescentes e suas famílias. Atuando na intersecção entre direito, comportamento e prevenção digital, o projeto oferece uma linguagem acessível e uma abordagem educativa, com foco em ações práticas. Seu objetivo é ajudar famílias a transformar a preocupação em atitudes concretas, fortalecendo o diálogo e a segurança digital no lar, e garantindo que o universo online seja um espaço de desenvolvimento saudável e protegido para os jovens.
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